Que o Partido Socialista era um partido vendido, nós já sabíamos. Isso não é nenhuma novidade”, criticou.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República depois de se reunir com o seu “governo-sombra”, o líder do Chega disse que o seu partido “não passa cartas nem cartões em branco” e defendeu que “o voto não é para ser vendido, nem cedido, nem transacionado” e “é mesmo importante que as causas sejam levadas a efeito”.

“Nós queremos um orçamento que vá ao encontro das aspirações das pessoas, e nós não vendemos o apoio orçamental, nem cedemos o apoio orçamental, por razões de natureza tática ou política. Para nós o que nos move são as causas, não é o taticismo. José Luís Carneiro quer que o orçamento passe rápido e que a questão desapareça. O país é mais do que o nosso taticismo político, o país exige causas”, sublinhou.


André Ventura indicou também que o Chega vai “exigir e negociar o orçamento”.

PS e PSD, sabemos que eles toda a vida estiveram juntos. O Chega é o líder da oposição e é assim que vamos liderar este processo, exigindo àqueles que votaram que tragam para o orçamento essas consequências, descida de impostos, não aumento de impostos sobre os combustíveis e apoio às áreas fundamentais do país, bem como a reforma do Estado, que tinha sido prometida também e que neste orçamento fica muito aquém“, afirmou.

O líder do Chega defendeu a descida dos impostos indiretos, o aumento da dotação orçamental para “combate à insegurança e contra a corrupção”, mais apoios para os ex-combatentes e medidas para combater a crise na habitação.

André Ventura anunciou também que deu hoje aos autarcas eleitos pelo Chega nas eleições de domingo “uma diretiva para que se comece a fazer imediatamente o levantamento de todos os subsídios sociais e apoios sociais que são pagos a minorias que não trabalham para que isso acabe em Portugal”.


“E isto é uma revolução que vai acontecer nas autarquias. Isto tem de acontecer no Orçamento do Estado também”, afirmou.


c/Lusa