Guerra no Médio Oriente

Noa e Avinatan foram levados pelo Hamas do festival de música Nova a 7 de outubro de 2023. Nunca mais se viram. Ela foi mantida em casas com outras mulheres, crianças e reféns mais idosos. Ele esteve sempre nos túneis. O registo do reencontro foi partilhado nas redes sociais.

“O amor da minha vida”: casal refém do Hamas reencontra-se 738 dias depois

Noa e Avinatan foram raptados pelo Hamas nos ataques de 7 de outubro de 2023. Estavam no festival de música Nova quando foram separados e levados à força por membros do grupo islâmico.

Desde então, nunca mais se viram. Até agora. O reencontro aconteceu ao fim de 738 dias e depois do Hamas ter libertado os reféns ainda vivos ao abrigo do acordo de cessar-fogo apresentado por Donald Trump.

Nas redes sociais, Noa partilhou uma fotografia dos dois, acompanhada de um longo texto onde descreve como, “contra todas as probabilidades”, os dois voltaram para casa, sãos e salvos.

“Dois anos. Passaram-se dois anos desde que vi o Avinatan pela última vez, o amor da minha vida. Dois anos desde o momento em que os terroristas nos raptaram. Meteram-me numa mota e separaram-me do Avinatan diante dos olhos de todo o mundo”, escreve.

Conta que foi mantida em cativeiro com crianças, mulheres e reféns mais idosos, dentro de várias casas, enquanto Avinatan esteve sempre nos túneis. Noa foi resgatada ao fim de 246 dias numa operação das forças israelitas. O companheiro, no entanto, esteve sequestrado até ao ‘fim’.

“Não consigo descrever o que senti quando o vi pela primeira vez depois deste tempo todo. Cada um de nós enfrentou a morte vezes sem conta e, apesar disso, ao fim de dois anos separados, estamos finalmente a dar os primeiros passos juntos novamente no Estado de Israel.”

A israelita não tem dúvidas: o processo de recuperação que têm pela frente será longo. E apesar de ainda não terem “processado o que aconteceu” ao longo destes dois anos, “venceram”.

Na mensagem nas redes sociais, agradece às Forças de Defesa de Israel, por “arriscarem a vida todos os dias” pelos reféns, e a todos aqueles que em Israel e por todo o mundo fizeram as suas vozes ouvir-se pelos que “não podiam falar”.

Agradece ainda à administração norte-americana, nomeadamente aos enviados especiais Steve Witkoff e Jared Kushner, e ao “excecional” Presidente Donald Trump.

“Nunca esqueceremos os que caíram e que os que foram assassinados e nunca iremos parar de lutar até que todos os soldados e reféns que morreram sejam trazidos para casa para terem um funeral digno em Israel.”