“Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não fazia parte do acordo, não teremos escolha senão matá-los”, afirmou na rede social Truth Social.

Donald Trump não adiantou mais detalhes, mas parece desta forma abrir a porta a uma intervenção direta em Gaza por parte dos Estados Unidos. 


Esta semana, Donald Trump já tinha afirmado que os EUA estariam preparados para
“desarmar” o Hamas, mas que “não seria necessário enviar soldados
norte-americanos para isso”. 


Nos últimos dias, têm surgido relatos de violência por parte de membros do Hamas na Faixa de Gaza, o que está a motivar receios crescentes que o cessar-fogo possa resultar num cenário de conflito interno. 


Na terça-feira, o movimento publicou um vídeo com execuções sumárias de oito alegados “colaboradores” do regime israelita. 


Também na terça-feira, várias testemunhas relataram à agência France-Presse a ocorrência de “combates intensos” no bairro de Shujaiya, no leste da Cidade de Gaza, opondo uma unidade afiliada ao Hamas a clãs e gangues armados, alguns dos quais alegadamente apoiados por Israel.

No sábado, já depois da entrada em vigor do cessar-fogo e da retirada do exército de Israel, o grupo islamita matou pelo menos 27 pessoas em violentos confrontos entre as forças de segurança do Hamas e membros armados da família Dughmush, um dos clãs mais proeminentes de Gaza que tem há muito tempo uma relação tensa com o Hamas. 


Na última quarta-feira, o chefe do Comando Militar do Médio Oriente para os Estados Unidos, Brad Cooper, tinha apelado ao movimento islâmico para que “parasse de atirar sobre civis palestinianos”.