As grandes noites europeias voltaram ao Pavilhão João Rocha. Na quinta jornada do Grupo A da Liga dos Campeões, o Sporting recebeu e bateu o poderoso Veszprém por 33-32, com a vitória a ser conseguida nos segundos finais da partida.
O Pavilhão João Rocha vestiu-se de gala para receber um confronto entre duas grandes equipas. De um lado, o Sporting a procurar responder à derrota pesada frente ao Nantes. Do outro, o Veszprém, uma autêntica potência do andebol europeu com um plantel recheado de estrelas. Ou seja, estavam reunidos os ingredientes para uma grande noite.
E assim foi. A turma de Ricardo Costa teve uma entrada – à falta de outro termo – de leão. A intensidade inicial dos verde e brancos foi tal que quase pareceu ter surpreendido os húngaros, que se viram a perder por cinco golos ainda dentro dos primeiros seis minutos (7-2).
Mas, a este nível, os erros pagam-se (muito) caro e o período de ouro da formação lisboeta terminou quando Kiko Costa – que esteve perfeito no primeiro tempo (6/6) – recebeu dois minutos de suspensão, aos 7′. Vários turnovers e falta de assertividade ofensiva – aliada à qualidade e experiência do Veszprém – fizeram com que a vantagem leonina fosse emagrecendo à medida que o relógio passava.
Liderados por Elisson e Elsayed, o Veszprém iria acabar por passar para a frente aos 13-12. No entanto, o Sporting não foi abaixo, foi respondendo sempre e, ao intervalo, o resultado era um empate a 18.
No regresso dos balneários, o Veszprém parecia decidido a acabar com o equilíbrio. Sempre com Elsayed intratável – foi o melhor marcador do jogo, com 12 golos – o poderio húngaro vinha ao de cima. Mas desistir não faz parte do vocabulário dos comandados de Ricardo Costa. Com o apoio do João Rocha, os leões voltaram a acertar. Thorkelsson estava imperial dos sete metros, Kiko continuava inspirado e a entrada de Mohamed Aly para a baliza deu um novo élan ao Sporting, que queria disputar a partida até ao fim.
Com 14 segundos para o final, tudo estava empatado a 32. Aí, apareceu Martim Costa. Com as atenções centradas em Kiko, o lateral ficou livre para penetrar e encarar Appelgren. Perante o sueco, o internacional português não perdoou. O João Rocha entrou em erupção e a emoção de Martim foi tanta… que até tirou a camisola.
Para a história fica mais uma vitória épica do Sporting na Liga dos Campeões – lembrando as da época passada – e mais um capítulo de ouro do andebol português.