A coligação Por Ti, Lisboa apresentou os candidatos às juntas de freguesia da capital, entre repetentes, apostas que tentam manter as autarquias em tons do PSD e os novatos da Iniciativa Liberal. Carlos Moedas destacou a presença do “socialista independente” Pedro Duarte e de António Pinto Basto, o fadista que se candidata a Santa Maria Maior como independente.

Há nomes nas presidências de junta que não mexem: da parte do PSD, Daniel Gonçalves volta a ser candidato à junta de Avenidas Novas, Ricardo Mexia segue intocável pelo Lumiar e o independente José da Câmara é novamente cabeça de lista por São Domingos de Benfica. O CDS-PP — que passa de candidatar-se a nove presidências de junta para ir em primeiro lugar em seis — repete Carlos Ardisson, atual presidente da junta do Parque das Nações, e Madalena Natividade, que lidera e é recandidata ao executivo de Arroios.

De resto, também há atuais presidentes de junta que não foram eleitos como cabeças de lista em 2021 e que agora seguem nesse lugar. É o caso de Tomás Gonçalves, que é o número um pelo PSD à junta de Alvalade, e que atualmente lidera este órgão executivo local depois de José Amaral Lopes ter sido chamado para exercer funções na área da Cultura na Embaixada de Portugal em Maputo. Pedro Jesus, que chegou à presidência da junta do Areeiro na sequência da renúncia de Fernando Braamcamp devido à operação Tutti Frutti, é o nome escolhido pelos sociais-democratas para uma recandidatura.

Na Estrela, onde Luís Newton (em fim de mandato) continuou a presidir à junta apesar de ter suspendido o mandato de deputado na Assembleia da República também devido à acusação do processo Tutti Frutti, o candidato será Luís Almeida Mendes, que já fazia parte da equipa do executivo local. Em Belém, onde também Fernando Ribeiro Rosa não se podia recandidatar por limitação de mandatos, o PSD aposta em João Carvalhosa, até agora tesoureiro da junta de freguesia. Na junta de freguesia de Santo António sai Vasco Morgado, também por limitação de mandatos, e candidata-se a independente, pelo PSD, Filipa Veiga.

Além destas, entre as 15 freguesias a que o PSD se candidata, Ana Mateus é cabeça de lista em Campo de Ourique, Tiago Gonçalo em São Vicente, Cláudio Masi em Carnide (a única autarquia nas mãos do PCP em Lisboa), o “socialista independente” Pedro Duarte na Misericórdia, os também independentes José Carlos Mascarenhas na Penha de França, Pedro Araújo em Santa Clara e António Pinto Basto em Santa Maria Maior. Das referidas, à exceção da comunista, as juntas em causa pertencem ao PS.

No caso do CDS-PP, além das duas juntas de freguesia que preside, os democratas-cristãos candidatam Verónica de Carvalho à Ajuda, Luís Peres à j  do Beato, Paula Portugal a Benfica e o independente João Marrana a Marvila. Todas as quatro têm executivos socialistas.

A Iniciativa Liberal, que se estreia ao lado de Carlos Moedas na coligação “Por ti, Lisboa”, leva três candidatos a presidentes de junta que atualmente são todas do PS: José Cerdeira a Campolide, Pedro Costa Malheiro aos Olivais e Pedro Bugarin a Alcântara.

No discurso de apresentação dos candidatos às juntas de freguesia, Carlos Moedas agradeceu principalmente aos “independentes” que se juntam à equipa, com destaque para Pedro Duarte “por todo os seu trabalho cívico e carreira profissional” e por ser um “socialista independente” nas listas da coligação que junta PSD, CDS e IL, e para António Pinto Basto, que disse ter tido “uma carreira brilhante” — “Podia agora arrumar a sua voz e descansar, mas decidiu dar a sua voz aos lisboetas.”

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