A Ferrari revelou o seu primeiro veículo totalmente eléctrico, com lançamento previsto para 2026, que pode trazer novos clientes à marca. O preço não ficará abaixo dos 500 mil euros.

O primeiro carro desportivo elétrico Ferrari, o Elettrica, estará à venda em outubro de 2026, promete mais de 1000cv e 530 km de autonomia. Este novo modelo destina-se principalmente a clientes “que querem conduzir apenas carros eléctricos e querem viver a experiência Ferrari”, disse o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, durante uma apresentação aos investidores e à comunicação social na fábrica da empresa em Maranello.

No seu plano estratégico, a marca prevê que 20% da gama seja elétrica até 2030, uma redução face à meta inicial de 40% anunciada em 2022. “É uma adição (à linha), não uma transição”, acrescentou Vigna. A empresa não divulgou um preço de venda para o carro, mas os analistas estimam um preço a rondar os 500 mil euros.

Apesar de ser um modelo elétrico, não deixará de ter som. A Ferrari não replica o timbre de um motor de combustão como outros construtores. Opta, em vez disso, por amplificar as frequências da unidade motriz, captadas por um sensor instalado no eixo traseiro. Funciona como que uma guitarra elétrica, em que a amplificação do som fica a cargo de um amplificador. O Elettrica promete ser rápido, indo de zero a 100 quilómetros por hora em 2,5 segundos com uma velocidade máxima de 310 km/h.

“Queríamos criar um carro que pudesse ser usado em família ou entre amigos”, explicou o CEO da Ferrari, que afirma que o Elettrica EV irá atrair não apenas os habituais clientes da empresa, mas também pessoas que não considerariam até agora comprar um Ferrari.

Depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter imposto uma tarifa adicional sobre os automóveis e camiões ligeiros importados para os Estados Unidos, a Ferrari anunciou que iria atualizar a sua política comercial “com base nas informações preliminares atualmente disponíveis sobre a introdução de tarifas de importação de automóveis da UE para os EUA”.

A marca, que fabrica todos os seus veículos em Maranello, no norte de Itália, afirmou que três modelos – o Ferrari 296, o SF90 e o Roma – não serão afetados pela mudança de política. Todos os outros — 12Cilindri, Purosangue, etc. — vão ter o seu preço aumentado em 10%. Além disso, a empresa também indicou que espera em 2025 uma redução das margens de rentabilidade.