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https://www.archdaily.com.br/br/1035085/espaco-educativo-da-exposicao-um-rio-nao-existe-sozinho-estudio-flume
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Área
Área deste projeto de arquiteturaÁrea:
70 m² -
Ano
Ano de conclusão deste projeto de arquiteturaAno:
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Fotógrafo
Descrição enviada pela equipe de projeto. O pavilhão educativo integra a exposição Um rio não existe sozinho, projeto do Instituto Tomie Ohtake, com curadoria de Sabrina Fontenele e Vânia Leal, criado para dialogar com os temas urgentes trazidos pela 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30). A proposta reafirma a vocação do Estúdio Flume em compreender a arquitetura como ferramenta de impacto social e ambiental. A estrutura propõe um gesto de leveza e integração com a paisagem do Parque Zoobotânico, traduzindo princípios de sustentabilidade e escuta territorial em uma experiência arquitetônica e pedagógica.
Com cerca de 70 m² de área, o pavilhão é formado por módulos independentes e adaptáveis que se articulam em diferentes composições, criando áreas cobertas e descobertas destinadas a atividades educativas e de convivência. A modularidade garante flexibilidade, montagem simplificada e baixo impacto ambiental, permitindo futuras expansões ou reconfigurações conforme a dinâmica de uso.
Entre seus destaques estão o uso de técnicas e materiais locais, como madeira certificada e palha de ubuçu, que asseguram conforto térmico e integração visual com o entorno. A estrutura em madeira laminada colada foi dimensionada para otimizar recursos e reduzir deslocamentos, com pilares, vigas e terças leves e precisos. A cobertura permeável favorece a ventilação natural e o diálogo entre interior e exterior, explorando zonas de transição que ampliam a convivência e a sensação de pertencimento.
Mais do que um abrigo, o pavilhão foi concebido como um espaço de encontro entre visitantes, educadores e comunidade. Durante a exposição, abrigará a programação educativa e atividades colaborativas, mas também se propõe como protótipo de arquitetura sustentável para contextos amazônicos — estruturas simples, replicáveis e de baixo impacto, voltadas a lugares onde o acesso é difícil e cada gesto construtivo precisa ter sentido.
O projeto nasce como um exercício de escuta e experimentação: um ensaio sobre como construir com o território. A inspiração nas canoas dos ribeirinhos de Belém e do Marajó orientou o gesto de curvar a madeira, unindo técnica e tradição. Para reduzir distâncias e valorizar o tempo do fazer, o laminado colado foi produzido no próprio local, permitindo que matéria, clima e processo se encontrassem.





© Ana Dias
© Ana Dias
© Ana Dias
© Ana Dias
Planta baixa
Isométrica
© Ana Dias
© Ana Dias