O ministro Adjunto e da Reforma do Estado anunciou, nesta quinta-feira, a criação da Loja de Cidadão virtual, que vai arrancar em breve com “mais de 100” serviços disponíveis.
Gonçalo Matias falava na conferência de imprensa depois da reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa, que aprovou um diploma que estabelece as regras de funcionamento do atendimento dos cidadãos nas Lojas de Cidadão, nas quais se inclui o horário alargado.
“A situação actual que temos e que vivemos nos últimos anos nas lojas do cidadão é de filas intermináveis, senhas esgotadas na abertura das lojas, serviços com horários diferentes, em alguns casos atendimentos só por marcação”, descreveu o governante. Para Gonçalo Matias, a Loja do Cidadão Virtual permitirá “garantia de atendimento, uma maior eficácia e uma melhor experiência e satisfação no contacto dos cidadãos com os serviços públicos”.
Todos os serviços das Lojas de Cidadão vão estar disponíveis na aplicação e no portal Gov.pt (de forma gradual) e, até 2030, o objectivo do Governo passa por ter 100% dos serviços disponíveis digitalmente, como está previsto na Estratégia Digital Nacional, referiu Gonçalo Matias, dando o exemplo da Estónia como um dos países que já conseguiu fazer a transição.
“Vamos conseguir implementar uma política que assegura que os serviços públicos não pedem aos cidadãos os documentos vezes sem conta”, explicou Gonçalo Matias.
Para as pessoas com dificuldades no acesso às novas tecnologias, as Lojas de Cidadão físicas continuam em funcionamento regular e, anunciou Matias, algumas, que “vão ser identificadas num despacho”, terão horário alargado. A lista “só será apurada” depois ser trabalhada pelos serviços, acrescentou o governante.
“Em qualquer caso posso garantir que já hoje lojas com horário alargado existem duas em Lisboa, uma no Porto, outra em Braga, Vila Nova de Gaia, Aveiro, Viseu, Coimbra, Odivelas, Setúbal, Faro e Seixal”, elencou.
Agora, “estamos a trabalhar com os serviços para identificar exactamente a lista que depois será oportunamente divulgada”, concluiu o governante.