O Benfica garantiu, esta sexta-feira, em Chaves, com triunfo por 0-2 sobre a formação flaviense – quarta classificada da II Liga -, a passagem à quarta eliminatória da Taça de Portugal, num jogo que começou e acabou com a marca de Pavlidis, a bisar e a resolver a questão antes do duelo com o Newcastle, na terça-feira, para a Champions.

Perante um Desp. Chaves que mudou mais de meia equipa em relação ao “onze” que bateu o Vizela para a II Liga, com os flavienses a reforçarem a muralha, apresentando uma linha de cinco defesas e um quarteto de médios, o Benfica só precisou de oito minutos para dinamitar a estratégia de Filipe Martins.

José Mourinho mudou o estritamente necessário, com João Rego em destaque no ataque, ajustando-se instantaneamente para rasgar a camisa de força que os transmontanos prepararam, surgindo Aursnes muito colado à linha de ataque, trocando frequentemente com Lukebakio na direita, enquanto Barrenechea chegava e sobrava para as encomendas e Sudakov perscrutava as possibilidades de combinação com Rego e Pavlidis.

No processo, os flavienses fizeram “haraquiri”, com Muscat, numa intercepção deficiente a passe de Dahl, a deixar a bola no pé direito de Pavlidis, que aproveitou a oferta para obter um golo que a equipa ainda não justificava.

O Benfica poderia ter embalado em novo erro de um central, com Ricardo Alves a isolar Lukebakio e o belga a permitir intervenção acertada de Gudzulic, depois de Pavlidis ter perdido a oportunidade de bisar.

As benesses deram uma ideia distorcida da realidade a um Benfica que começou a tremer nas luvas de Samuel Soares, com o guarda-redes a transmitir ao adversário uma ideia de que poderia petiscar se arriscasse o suficiente.

Na primeira, na resposta ao golo das “águias”, Milovanovic não acreditou no erro do guarda-redes. Depois, os remates de Pedro Pinho e Paulo Victor confirmaram os nervos de Samuel Soares. Ainda assim insuficientes para empatar, apesar da persistência de Paulo Victor, que ficou por três vezes à porta do golo.

Face às circunstâncias em que terminou a primeira parte, ao Benfica, finalista da última edição e óbvio favorito nesta eliminatória, competia controlar as situações que deixaram José Mourinho apreensivo com o crescimento dos flavienses.

João Rego, admoestado, ficou nos balneários, tal como Ricardo Alves no Desp. Chaves, e os “encarnados” partiram em busca do segundo golo. Um golo que Berrenechea e Pavlidis tiveram nos pés, mas que Marko Gudzulic negou sempre.

O sérvio foi comprando tempo que os companheiros aproveitaram para capitalizar, reafirmando a intenção de conseguir um golo e mais alguma coisa na eliminatória.

Mas Gudzulic não estava preparado para o segundo golo de Pavlidis, numa finalização simples e eficaz, após assistência de Sudakov, numa jogada iniciada em Berrenechea.

O Benfica resolvia dois problemas, já que a cerca de dez minutos dos 90 acabava com qualquer esperança do adversário, que não revelava uma real capacidade, apesar das intenções de uma equipa que ainda não tinha perdido na II Liga.