Há mudanças na distribuição de eleitos para a Assembleia Municipal do Montijo: em vez de três, o PS fica com quatro mandatos; e em vez de seis, o movimento independente “Montijo com Visão e Coração” fica com cinco mandatos, de acordo com o edital sobre o processo. Estas foram as principais mudanças após a Assembleia de Apuramento Geral de Montijo, presidida pela juíza Marisa Malagueira, relativa à eleição da câmara municipal, assembleia municipal e assembleias de freguesia deste concelho do distrito de Setúbal.

Os resultados dos eleitos para a câmara municipal mantêm-se iguais aos anunciados logo na noite eleitoral, mas com ligeiras alterações nos números dos votos. Com a assembleia de apuramento, o movimento “Montijo com Visão e Coração” fica em primeiro lugar, com 6440 votos – antes tinham sido contados 6452. O grupo de cidadãos elege três mandatos e o presidente Fernando Caria, tal como tinha sido anunciado.

O Chega também se mantém em segundo lugar com dois vereadores e 5825 votos – antes tinham sido contabilizados 5821. O Partido Socialista (PS), que estava à frente do município, ficou em terceiro lugar com um vereador e 4049 votos – os mesmos que tinham sido contados. A coligação do PSD com a Iniciativa Liberal (IL) também fica em quarto com um vereador e 3917 votos – antes tinham sido contados 3915. A CDU, que não elegeu vereadores, teve 1694 votos (antes tinham sido 1687). O Livre teve os mesmos 806 votos, bem como o ADN com 192.

Na assembleia municipal, o apuramento dos votos levou a mudanças na distribuição dos eleitos. O Chega ficou no primeiro lugar com seis mandatos eleitos com 6046 votos – os mesmos que tinham antes sido contados. O “Montijo com Visão e Coração” ficou em segundo, como tinha sido anunciado, mas com menos um eleito, tendo agora cinco mandatos a partir dos 6002 votos – o que foi até um aumento dos 5993 antes contabilizados. O PSD e a IL ficaram com 4023 votos (antes eram 4020) e quatro mandatos, tal como anteriormente.

Com o apuramento, o PS acaba por ter mais um eleito na assembleia municipal: antes tinha tido 3963 votos e três mandatos e agora ficou com quatro mandatos a partir dos 4015 votos apurados. A CDU mantém também um mandato com 1799 votos – antes eram 1834. O Livre tem também um eleito com 1031 votos – antes eram 1028.


Embora com diferenças em números de votos, nas assembleias de freguesia mantiveram os eleitos anunciados: a Assembleia de Freguesia de Canha ficou com quatro da coligação do PSD e da IL (vencedor), três do PS e dois do “Montijo com Visão e Coração”; a de Sarilhos Grandes com três do “Montijo com Visão e Coração” (vencedor), dois do Chega, dois do PS, um da CDU e um do PSD e da IL; a da União das Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia com três do Chega (vencedor), dois do PSD e da IL, dois do “Montijo com Visão e Coração” e dois do PS; a da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro com seis do “Montijo com Visão e Coração” (vencedor), cinco do Chega, três do PSD e IL, três do PS, um do Livre e um da CDU; e na da União das Freguesias de Pegões com três do “Montijo com Visão e Coração” (vencedor), três do Chega, dois do PS e um do PSD e IL.

Na quarta-feira, a agência Lusa noticiou que o Chega tinha pedido a recontagem na votação das eleições autárquicas no Montijo por alegadas “incongruências na validação dos votos”, de acordo com o cabeça de lista do partido à câmara municipal, Nuno Valente. Fonte do Gabinete da Presidência da Câmara Municipal do Montijo confirmou à Lusa que a recontagem de votos tinha tido início naquele dia e que deveria ser retomada no dia seguinte.

Título e primeiro parágrafo alterados às 18h26, para esclarecer que o que foi alterado foi a distribuição e não o número de eleitos