O líder do Chega considerou hoje que a política não pode ser uma “disputa de lugares”, mas recusou-se a comentar as críticas do ex-deputado Gabriel Mithá Ribeiro, que deixou o partido por ter ficado de fora do “governo-sombra”.

Em declarações aos jornalistas em Lisboa, antes de entrar numa conferência organizada pelos Patriotas pela Europa (família política europeia do Chega), André Ventura foi questionado sobre o artigo de opinião assinado por Mithá Ribeiro, no qual acusa o líder de ser um “predador psicológico” com comportamentos narcísicos e autoritários.

Ventura escusou-se a comentar estas críticas, dizendo estar ali na qualidade de candidato presidencial.

“Eu só não quero alimentar muito isto, nem fazer grandes comentários, eu fico só triste. Eu vejo a política como um serviço e não como uma disputa de lugares. Quando as pessoas dizem que ficaram muito chateadas ou muito tristes porque não tiveram um determinado lugar, é completamente ao contrário do que eu vejo a política”, afirmou, considerando que “a política não pode ser um exercício de querer lugares, seja no governo-sombra, seja noutro qualquer”.

O presidente do Chega salientou que “a política não pode ser uma luta por tachos, nem por lugares, tem de ser uma luta para exercer um serviço em prol da causa pública e um serviço pelas pessoas”.

Ventura não quis esclarecer se o ex-deputado chegou a ser considerado para este grupo do Chega e recusou a existência de racismo dentro do partido.