O Rei britânico Carlos III e o Papa Leão XIV vão tornar-se os primeiros nos respetivos cargos a rezarem juntos em quase 500 anos, quando se encontrarem no Vaticano na próxima semana.O momento marca um reencontro entre os líderes após o divórcio da Reforma Inglesa, que separou a igreja de Inglaterra da Igreja Católica em 1534.

Carlos, que é também o líder da igreja anglicana, juntar-se-á a Leão numa cerimónia na Capela Sistina aquando da visita do monarca à Santa Sé, entre 22 e 23 de outubro. Será, também, o primeiro encontro de Carlos III com o novo Papa. Da última vez que algo deste género aconteceu, reinava Henrique VIII na Grã-Bretanha e o sumo pontífice era Clemente VI, marcando o que a BBC chama de um “símbolo importante de reconciliação“.

“Esta será a primeira visita de Estado, desde a Reforma, em que o Papa e o monarca rezarão juntos numa cerimónia ecuménica na Capela Sistina e a primeira vez que o monarca participará numa cerimónia na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, uma igreja com uma ligação histórica à coroa inglesa”, afirmou um representante de Buckingham Palace, citado pelo The Guardian.

Já um representante da igreja anglicana revelou ao jornal britânico que o monarca receberá o prémio de “confrade real”, marcando uma “comunhão espiritual” entre ambos os chefes religiosos.

“Embora não confira quaisquer deveres ou obrigações ao rei e não altere de forma alguma a posição constitucional e eclesiástica formal de Sua Majestade como governador supremo da Igreja da Inglaterra, é uma homenagem a Sua Majestade e ao seu próprio trabalho ao longo de muitas décadas para encontrar pontos comuns entre as religiões e unir as pessoas”, afirmou o representante sobre a atribuição do título.

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