Esta é uma perspetiva explorada por outros executivos, que consideram que muitas fabricantes apressaram os carros elétricos sem que essa vontade dos clientes. Agora, a opinião é dada pelo ex-chefe da Ford, Mark Fields.
Mark Fields ocupou o cargo de diretor-executivo da Ford entre 2014 e 2017, após fazer parte da gigante norte-americana desde 1989.
Após a sua saída, Jim Hackett ficou no cargo por cerca de três anos, sendo substituído, em 2020, pelo atual líder da empresa, Jim Farley. Este assumiu o comando com projetos de carros elétricos já iniciados, bem como investimentos milionários feitos.
O crescimento dos elétricos tem sido paulatino e acompanha as várias chefias, que procuram adaptar-se da melhor forma ao contexto.
Na perspetiva de Mark Fields, no programa Power Lunch, da CNBC, “o mercado não evoluiu como as fabricantes pensavam” e, por isso, “existe um problema”.
Nos últimos anos, lançaram-se a toda a velocidade na produção de carros elétricos. Não comunicaram com os seus clientes, nomeadamente no que diz respeito ao que os clientes iriam precisar para poderem adquirir estes carros elétricos.
Muitos deles, em particular o caso da General Motors, gabaram-se de ter uma gama completa de carros elétricos. E o que era uma vantagem, ou pelo menos parecia ser uma vantagem naquele momento, tornou-se um problema, uma vez que a adoção de carros elétricos pelo mercado será menor, pelo menos a curto e médio prazo, do que eles tinham planeado.
Disse Mark Fields, cujas declarações surgem agora, após o fim de um subsídio, nos Estados Unidos, deixado pela administração de Joe Biden.
Estados Unidos acabaram com subsídio aos carros elétricos
No passado dia 30 de setembro, o subsídio deixado pelo anterior Governo dos Estados Unidos terminou. Este oferecia ajudas de até 7500 dólares para a compra de carros elétricos novos e 4500 dólares no caso de usados.
Na perspetiva dos descrentes, isto irá abrandar significativamente a adoção de carros elétricos no mercado americano.
Para o atual diretor-executivo da Ford, Jim Farley, a curva vai descer, daqui em diante. De acordo com o Business Insider, a indústria será significativamente menor do que tem sido até agora.

