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O Governo da Eslováquia pediu à Ucrânia cooperação para colmatar a escassez de mão-de-obra qualificada, no dia em que aprovou um pacote de ajuda às infraestruturas energéticas ucranianas, alvo de ataques da Rússia, foi esta sexta-feira divulgado.
“A nossa indústria precisa de 100 mil a 150 mil trabalhadores qualificados, e é muito difícil procurar cooperação com países com barreiras linguísticas”, explicou o primeiro-ministro eslovaco, Roberto Fico, durante uma reunião com a homóloga ucraniana, Yulia Svyrydenko.
O chefe do Governo eslovaco propôs uma “parceria estratégica” com Kiev, com vista à criação de um “quadro institucional e jurídico” que permita o recrutamento de trabalhadores ucranianos. “Estamos a enfrentar taxas de desemprego historicamente baixas e posso dizer que todos os que querem trabalhar têm emprego”, acrescentou o primeiro-ministro eslovaco.
De acordo com o Ministério do Trabalho eslovaco, a taxa de desemprego no país situou-se em 5,3% no segundo trimestre de 2025, um dos níveis mais baixos da última década.
A Eslováquia acolhe atualmente cerca de 145 mil refugiados ucranianos que fugiram da invasão russa, representando 2,67% da população, segundo um consórcio de organizações não-governamentais que trabalham com migrantes.
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Também esta sexta-feira o Governo eslovaco aprovou a entrega de um pacote adicional de ajuda às infraestruturas energéticas da Ucrânia, atingidas pelos ataques russos durante a guerra em curso, num gesto que une Kiev e Bratislava, que já avisou que o seu apoio será exclusivamente humanitário.
No encontro com Fico, Yulia Sviridenko expressou a sua gratidão pelo gesto das autoridades eslovacas, que são criticadas no seio da Europa devido à sua proximidade com as autoridades de Moscovo, juntamente com a Hungria.
Num comunicado posterior, as autoridades ucranianas especificaram que o pacote de ajuda eslovaco para fortalecer o setor energético da Ucrânia está avaliado em 500 mil euros. Também foi anunciado que uma verba de 300 mil euros será canalizada para a renovação de escolas e abrigos em centros educativos localizados perto das linhas da frente.
Durante a reunião, Fico apoiou as aspirações pró-europeias da Ucrânia. “Será benéfico para a estabilidade da região e para as nossas relações bilaterais”, disse o chefe de Governo eslovaco.