Na cadeia de Izeda, cumpriu 13 anos de uma pena de 16 por ter matado um homem “à vassourada”, em Valença. No Natal de 2023, saiu em condicional e, desde então, pernoita na rua ou, quando ainda tem dinheiro do rendimento social de inserção (RSI), em pensões do Porto e de Gaia. Sem se conseguir adaptar à vida em liberdade, Fernando Amaral, 58 anos, quer voltar para a cadeia. Diz o próprio: “a vida cá fora é pior que a cadeia” e todos os dias, ou quase, vai a uma esquadra ou a um tribunal pedir que o mandem de novo para o presídio.

O homem que representa muitas das falhas da reinserção social diz que, em Izeda, ganhava “mais ou menos dois euros” por dia em tarefas de limpeza dos corredores e outras áreas do presídio bragantino. “Também limpava celas de outros reclusos”, a troco de algumas moedas, café ou chocolates. “Era feliz ali”, garante com nostalgia.

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