A expectativa era alta para ver como responderia o Sporting no primeiro jogo oficial da época, já sem Viktor Gyökeres e com Rui Borges a testar o sistema que indica querer para esta temporada. Os leões até foram protagonistas na primeira parte, mas perderam gás após o golo do Benfica e não evitaram a derrota por 1-0 na Supertaça.

O capitão Morten Hjulmand voltou a ser o patrão do meio-campo e foi considerado o melhor em campo do Sporting para o SofaScore, parceiro do Maisfutebol, com nota de 7.4. Bem diferentes foram as exibições de Conrad Harder e Pedro Gonçalves, que estiveram na mó de baixo, o que ajuda a explicar que os bicampeões tenham terminado o jogo sem golos marcados.

No meio de algumas mudanças na forma de jogar, o capitão manteve o nível que habituou. Morten Hjulmand controlou o ritmo leonino, com uns impressionantes 95 por cento de acerto no passe.

O médio não falhou nenhuma das três bolas longas que tentou e venceu mais de metade dos duelos. Tem sido associado à Juventus neste verão, mas este jogo é só mais uma prova de que, para o Sporting, perder Gyökeres e Hjulmand no mesmo mercado causaria muita mossa. 

Era, talvez, quem tinha a missão mais complicada na última noite. A pressão de substituir Gyökeres estava toda nos ombros do avançado dinamarquês, que tem apenas 20 anos e continua a deixar dúvidas sobre a capacidade para dar uma resposta imediata no onze leonino.

Nos 68 minutos em que esteve em campo, Harder acumulou dez perdas de posse e venceu apenas dois dos 11 duelos que disputou. Além disso, falhou as quatro tentativas de drible que teve ao longo da partida.

Apanhado em fora de jogo em duas ocasiões, também cometeu três faltas, demonstrativas da impetuosidade do nórdico. Conseguiu, ainda assim, dois remates, um deles enquadrado.

Embora tenha alinhado durante apenas 22 minutos, Luis Suárez conseguiu deixar bons pormenores no Algarve, sobretudo no apoio e na ligação com os colegas da frente. Ficou deixado o aviso: o lugar de Harder no onze está em risco.

Caso aquele golo a abrir não tivesse sido anulado, a exibição de Pote poderia ter seguido outro rumo. Partindo da esquerda para o meio, o internacional português mostrou que ainda está longe da versão que apresentou antes da lesão.

Pote conseguiu somar cinco passes-chave, mas, por outro lado, não acertou qualquer tentativa de drible, falhou uma grande oportunidade, só venceu um de oito duelos no chão e ainda perdeu a bola em 15 (!) ocasiões.

Todas estas métricas negativas explicam que tenha merecido apenas nota 5.8 para o SofaScore, a pior entre todos os que estiveram em campo.