Um homem subiu este domingo a um dos pilares da ponte 25 de abril e hasteou uma bandeira da Palestina, tendo sido depois retirado pela PSP, avançou o Correio da Manhã e confirmou o Observador junto da PSP. Acabou detido.

O homem em causa subiu “ao pilar 2 da Ponte, portando uma Bandeira da Palestina”, sublinha a PSP. O homem conseguiu escalar a estrutura com recurso a uma corda e a um arnês de segurança por volta do meio dia deste domingo.

Os agentes da PSP deslocaram-se ao local, depois de terem recebido um alerta para a presença de uma pessoa nos “tubos laterais metálicos do tabuleiro, no sentido Sul/Norte, tentando aceder ao ponto mais alto da infraestrutura”. Os polícias constataram depois “que o indivíduo se encontrava a uma altura bastante elevada, cerca de 190 metros, não sendo possível, num primeiro momento, estabelecer diálogo de forma a demovê-lo de prosseguir”.

A subida não autorizada obrigou a PSP a cortar, temporariamente, o trânsito na via mais à direita do tabuleiro da ponte, “de forma a fim de garantir a segurança dos polícias durante a intervenção”.

“Após aproximadamente dez minutos, verificou-se que o indivíduo colocou no topo superior do pilar da Ponte 25 de Abril uma bandeira de grandes dimensões alusiva à Palestina, percorrendo todo o pilar com outra bandeira de pequenas dimensões”, detalha a PSP, em comunicado.

Depois de os agentes da PSP terem falado com o homem, “o mesmo desceu do pilar e foi acompanhado por meios da Divisão de Trânsito da PSP ao posto policial da Ponte para as respetivas diligências de identificação”, realça a PSP.

Para além da bandeira que acabou por ser hasteada na ponte 25 de abril, a PSP adianta que o homem tinha também uma outra bandeira palestiniana, uma mochila e um tablet.

O homem justificou a sua ação como forma de manifestação e a única maneira de ser ouvido relativamente ao tema “Palestina”, refere a PSP. Acabou por ser detido e será presente esta segunda-feira ao Tribunal de Lisboa.

Este incidente ocorreu no mesmo dia em que milhares de manifestantes se juntaram, em Lisboa, para pedir a paz na Palestina e o cumprimento do cessar-fogo. A iniciativa foi convocada pela Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina (PUSP), composta pelas organizações não-governamentais (ONG) Amnistia Internacional Portugal, pela Greenpeace Portugal, pela Médicos sem Fronteiras e pela Fundação José Saramago, entre outras organizações.