A existência de matéria escura em nossa galáxia ainda é cerca de mistérios, mas cientistas podem estar mais perto de respostas ao estudarem um brilho difuso de raios gama próximo ao centro da Via Láctea. Os avanços foram publicados na revista especializada Physical Review Letters, na última quinta-feira (16).

Em sua composição o Universo é formado por matéria comum, em cerca de 5%, que pode ser vista em comprimentos de onda que vão do infravermelho à luz visível; em 27% por matéria escura, que não absorve, não reflete e não emite nenhuma luz, assim, comprovar sua existência tem desafios por está apoiada nos seus efeitos gravitacionais em grande escala no Universo. O restante da composição é por energia escura.

O telescópio Fermi Gamma-ray Space, da Nasa, mapeou um excesso de raios gama em uma vasta extensão próxima ao centro da Via Láctea, segundo informações da Reuters. Ele foi observado em uma região que se estende pelos 7 mil anos-luz mais internos da galáxia (um ano-luz é a distância percorrida pela luz no período de um ano, que corresponde a 9,5 trilhões de quilômetros).

Durante os estudos, duas hipóteses sobre as emissões desses raios gama foram pensadas. Uma delas que seriam resultado da colisão de partículas de matéria escura, e outra que são causadas por uma classe de estrelas de nêutrons, que emitem luz em todo o espectro eletromagnético, efeito do giro acelerado centenas de vezes por segundo.

O cosmólogo Joseph Silk, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e do Instituto de Astrofísica da Universidade de Paris/Sorbonne, na França, e um dos autores do novo estudo fala sobre o que a pesquisa representa:

— Compreender a natureza da matéria escura que permeia nossa galáxia e todo o Universo é um dos maiores problemas da física — disse o especialista à Reuters. — Nosso novo e importante resultado é que a matéria escura se encaixa nos dados de raios gama pelo menos tão bem quanto a hipótese rival da estrela de nêutrons. Aumentamos as chances de que a matéria escura tenha sido indiretamente detectada.

O telescópio Cherenkov Telescope Array Observatory, em construção no Chile com a promessa de ser o mais poderoso em terra para raios gama, poderá contribuir para uma resposta indicando a origem dentre essas duas hipóteses. O astrofísico Moorits Mihkel Muru, da Universidade de Tartu, na Estônia, e do Instituto Leibniz de Astrofísica de Potsdam, na Alemanha, falou dos desafios dessa identificação:

— Como a matéria escura não emite nem bloqueia a luz, só podemos detectá-la por meio de seus efeitos gravitacionais sobre a matéria visível — disse à Reuters.

Veja fotos das galáxias espirais registradas pelo telescópio James Webb Galáxia espiral NGC 628 — Foto: Nasa Galáxia espiral NGC 628 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 628 — Foto: Nasa

Imagens captadas pelo James Webb — Foto: Nasa Imagens captadas pelo James Webb — Foto: Nasa

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Comparação entre imagens captadas pelo James Webb (diagonal acima) e Hubble (abaixo) — Foto: Nasa Comparação entre imagens captadas pelo James Webb (diagonal acima) e Hubble (abaixo) — Foto: Nasa

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Comparação entre imagens captadas pelo James Webb (diagonal acima) e Hubble (abaixo) — Foto: Nasa

Galáxia espiral NGC 1300 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 1300 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 1087 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 1087 — Foto: Nasa

Galáxia espiral NGC 1566 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 1566 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 2835 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 2835 — Foto: Nasa

Galáxia espiral NGC 1512 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 1512 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 1385 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 1385 — Foto: Nasa

Galáxia espiral NGC 1672 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 1672 — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 4254, registrada pelo James Webb — Foto: Nasa

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Galáxia espiral NGC 4254, registrada pelo James Webb — Foto: Nasa

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