“Os corpos que recebemos estavam amarrados como animais, com os olhos vendados e apresentavam sinais horríveis de tortura e queimaduras que revelam a extensão dos crimes cometidos em segredo. Não morreram naturalmente; foram executados após serem imobilizados. Estas pessoas não foram enterradas, foram mantidas nos frigoríficos da ocupação [israelita] durante longos meses”, descreveu o médico Munir Al-Bursh, diretor-geral do Ministério da Saúde em Gaza, citado pela organização não governamental (ONG) Euro-Med Human Rights Monitor.
A ONG com sede na Suíça, que monitorizou a entrega dos cadáveres pelas autoridades israelitas, afirmou que estes “apresentavam marcas claras de enforcamento, marcas de cordas no pescoço, ferimentos causados por tiros à queima-roupa, mãos e pés amarrados com amarras de plástico e vendas nos olhos”. “Alguns corpos foram esmagados sob os rastos de tanques, enquanto outros apresentavam sinais graves de tortura física, fraturas, queimaduras e ferimentos profundos”, acrescentou a entidade, que pediu uma investigação internacional urgente.
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