Em plena guerra comercial, presidente dos EUA afirma ainda que pensa que vai “chegar a um bom acordo” com o homólogo chinês
O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta segunda-feira que vai visitar a China no início do próximo ano, a convite de Pequim. “Fui convidado para ir à China e fá-lo-ei algures no início do próximo ano. Está mais ou menos definido”, disse Trump aos jornalistas, na Casa Branca.
Antes dessa viagem à China, Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, devem encontrar-se ainda este mês na Coreia do Sul. Mas voltando a esta segunda-feira: Trump garantiu que tem uma “relação muito boa” com o homólogo chinês: “Vou encontrar-me com o Presidente Xi; temos uma relação muito boa”, disse Trump ao lado do seu homólogo australiano, Anthony Albanese, na Casa Branca.
Trump reconheceu alguma tensão, afirmando que Pequim tenta “tirar partido” dos EUA, mas disse estar esperançado num acordo comercial. “Espero que consigamos chegar a um acordo muito justo com o presidente Xi da China”, afirmou. “Vai ser muito emocionante e penso que vamos chegar a um bom acordo.”
Trump disse ainda acreditar que o pacto AUKUS, que visa dotar a Austrália de submarinos de ataque com propulsão nuclear para contrariar as ambições da China no Indo-Pacífico, pode funcionar como um fator de dissuasão para Pequim. No entanto, não acredita que seja necessário recorrer à força militar. “Penso que não haverá problemas com a China”, afirmou. “A China não quer fazer isso.”
“Penso que nos vamos dar muito bem no que diz respeito a Taiwan e outros”, prosseguiu. “Isso não significa que não seja a menina dos seus olhos, porque provavelmente é, mas não estou a ver nada a acontecer.”
A China considera Taiwan parte integrante do seu próprio território e prometeu “reunificar-se” com a ilha pela força, se necessário. Taiwan opõe-se firmemente às reivindicações de soberania da China.