No começo do ano de 2024, a apresentadora Monique Evans recebeu o diagnóstico de dengue. Agora, ela está totalmente recuperada, mas à época confessou ter ficado de cama e estava se sentindo muito cansada, além de ter perdido peso por causa da dificuldade para comer.

No mesmo período, Monique Evans usou as redes sociais para contar aos seguidores sobre o diagnóstico de dengue: “Eu estou muito, muito, muito caída. Olha, sério. Que doença, gente. Que bichinho miserável. Olha minha cara. Olha como eu estou“, declarou ela no ano de 2024.

O que diz o médico infectologista?

O Dr. Igor Maia Marinho, médico infectologista da Clínica Sartor, formado pela Faculdade de Medicina da USP  e com residência médica em Moléstias Infecciosas e Parasitárias pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP),explica.

Segundo o Dr. Igor Maia Marinho, a dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Existem quatro tipos diferentes do vírus, e a infecção pode variar de quadros leves a graves.

Quais os sinais?

Os sintomas mais comuns de dengue incluem:

  • Febre alta (geralmente acima de 38,5 °C);
  • Dor de cabeça intensa e atrás dos olhos;
  • Dores no corpo e nas articulações;
  • Cansaço extremo;
  • Náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele

Atenção com a dengue nesta época do ano

Em 2024, a dengue superou os 2 milhões de casos confirmados no estado de São Paulo e chegou a quase 2 mil óbitos, segundo o painel de monitoramento da doença alimentado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). Por isso, o infectologista chama a atenção para dengue nos dias mais próximos do verão.

“Os casos de dengue costumam aumentar no verão e no período chuvoso, pois a combinação de chuvas e calor acelera o ciclo de reprodução do mosquito. Por isso, campanhas de prevenção são intensificadas nessa época”, aponta.

Como previnir o mosquito Aedes aegypti?

A dengue é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada. O Dr. Igor Maia Marinho explica que a principal forma de prevenção é eliminar os criadouros do mosquito, ou seja, qualquer local com água parada. Algumas medidas práticas:

  1. “Tampar caixas d’água e baldes”;
  2. “Descartar pneus velhos e garrafas”;
  3. “Limpar calhas e ralos”;
  4. “Trocar a água dos vasos de plantas com frequência”;
  5. “Usar repelente e telas em portas e janelas”

Qual o tratamento?

Segundo o Dr. Igor Maia Marinho, médico infectologista, não há um medicamento antiviral específico contra dengue. O foco é o tratamento de suporte, ou seja, controlar os sintomas relatados pelos pacientes.

“É importante não usar medicamentos com ácido acetilsalicílico (como aspirina) ou anti inflamatórios sem orientação médica, pois podem aumentar o risco de sangramento ou causar danos a órgãos como piorar a função dos rins”, finaliza o infectologista.

Leia mais: Monique Evans fala sobre diagnóstico e médico alerta: ‘Facilmente confundida com outras doenças’

CONFIRA UMA PUBLICAÇÃO RECENTE DA APRESENTADORA MONIQUE EVANS NAS REDES SOCIAIS:


Dr Igor Maia Marinho

Dr. Igor Maia Marinho é médico infectologista (CRMSP 175898) formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residência médica em Moléstias Infecciosas e Parasitárias pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde atualmente atua como preceptor e em atividades com os alunos e médicos em formação. Atualmente, é médico na Clínica Sartor. Além da formação no Brasil, possui fellowship em um dos melhores hospitais do mundo, a Cleveland Clinic (Ohio – MA) em Infectologia.