A menos de dois meses e meio para as eleições autárquicas, Carlos Moedas recolhe um terço das intenções de votos dos lisboetas. Colado a si tem Alexandra Leitão, a encabeçar uma coligação alargada de esquerda que inclui o PS, Livre, BE e PAN, e que reúne 28% das intenções de votos. A seguir surge a candidatura do Chega, liderada por Bruno Mascarenhas, com 11%, e a CDU com João Ferreira, com 4% dos votos.
Os números que revelam as duas principais candidaturas muito próximas são resultado de uma sondagem do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e do ISCTE, feita para o Expresso e a SIC. Com distribuição de indecisos — que correspondem a 12% dos eleitores — o candidato de direita, que se coligou com o PSD e Iniciativa Liberal, ganha mais margem em relação à adversária. O autarca em funções recolhe neste caso 41% dos votos versus 36% conseguidos pela candidata socialista.
Com a distribuição de indecisos, o Chega recolhe 14% das intenções de voto do eleitorado e a CDU sobe apenas um ponto percentual, passa a ter 5% dos votos do seu lado.
Foram entrevistadas 800 pessoas para a sondagem, entre os dias 14 e 27 de julho. O intervalo de datas em que o estudo de opinião decorreu não é de somenos porque a coligação entre PS, Livre, BE e PAN apenas foi anunciada no dia 17, pelo que acabaram por ser estudados os dois cenários — sem e com coligação alargada à esquerda.
Como surgiam nas primeiras entrevistas, com candidatura isolada, os socialistas recolhiam 22% das intenções de voto, ou seja Alexandra Leitão ficava bem mais atrás de Moedas — que já recolhia 30% dos votos — e sem hipótese de ganhar a corrida a Lisboa. O Livre aparecia neste cenário com 4% dos votos (os mesmos que a CDU), o BE, teria apenas 2% dos votos e o PAN outros 2%.
O voto fragmentado à esquerda junta-se assim à percentagem de intenções de voto que Leitão já recolhia, colocando-a bem mais próxima de Moedas do que estava antes de ser alcançado o acordo eleitoral na capital.