O antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) José Manuel Anes, de 81 anos, foi esfaqueado em casa, esta segunda-feira, alegadamente pela própria filha, encontrando-se internado no hospital de São José, em Lisboa.

A mesma fonte adiantou que o alerta para a agressão do também professor universitário e escritor foi dado pelas 13h54, tendo sido deslocado um carro patrulha da PSP para a residência, em Lisboa, “por haver notícia de agressões alegadamente de uma filha ao próprio pai”.

Ao chegar ao local, elementos da 1.ª Divisão do Cometlis, da PSP, foram informados por testemunhas “que teria sido visualizada uma suspeita do sexo feminino, alegadamente familiar da vítima, a sair da residência”, acrescentou a fonte policial.

“Temendo pela integridade física do mesmo, já tendo conhecimento do histórico de violência doméstica”, os polícias “deslocaram-se de imediato” à residência da vítima, “onde se depararam com o homem de 81 anos prostrado no solo ensanguentado”.

Segundo a descrição policial, a vítima apresentava “vários ferimentos e lacerações, no abdómen, mãos e pernas, aparentemente provocados por um objecto cortante”, bem como “hematomas nos olhos provocados pelos dedos da suspeita”.

A Polícia Judiciária fez saber, já esta noite, que a filha do antigo presidente do Observatório de Segurança encontra-se sob custódia da PJ, autoridade que irá prosseguir com a investigação.

José Manuel Anes, também conhecido pela sua ligação à Maçonaria, foi transportado por uma ambulância dos Bombeiros Sapadores do Beato e Penha de França para o Hospital de São José, “onde deu entrada pelas 14h50”, onde está internado, referiu a fonte, desconhecendo-se ao pormenor o estado de saúde da vítima.

A PSP acrescenta que “efectuou diligências de preservação do local do crime” e contactou com a Polícia Judiciária (PJ), que agora assume a investigação.

De acordo com a fonte da PSP, a suspeita do sexo feminino tem cerca de 40 anos e a sua identificação e paradeiro não foi possível apurar no momento do socorro, face à prioridade dada ao estado clínico da vítima.