Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos afirmou que planeava encontrar-se com o homólogo russo na capital húngara como para dos esforços para intermediar o fim da guerra no leste da Europa.

A escolha de Budapeste como sede para o encontro entre Putin e Trump é controversa para os países da União Europeia, onde o primeiro-ministro húngaro é um caso à parte, sendo um dos poucos líderes a manter relações amistosas com a Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022.

Qualquer viagem a Budapeste pode exigir que Putin sobrevoe o espaço aéreo de outros países da União Europeia, incluindo a Polónia que já manifestou, esta terça-feira, que pode forçar avião de Putin a aterrar e prendê-lo com base num mandado internacional se ele sobrevoa território polaco.

“Não posso garantir que um tribunal polaco independente não ordene ao Governo que escolte o avião para entregar o suspeito ao tribunal em Haia”, afirmou o ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, Radosław Sikorski

“E, portanto, se essa cimeira for realizada, esperemos que com a participação do alvo, o avião utilize uma rota diferente”.

Contudo, a Bulgária afirmou que Putin podia usar espaço aéreo búlgaro para chegar à reunião.

Putin é procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) desde 2023 pelas deportações ilegais de crianças ucranianas para a Rússia. Budapeste prometeu passagem segura para o presidente russo, apesar do mandado de prisão do TPI, que obriga os membros a detê-lo no seu território.