A arquiteta brasileira Daniela Marys Oliveira enfrenta um julgamento decisivo nesta quinta-feira (23), no Camboja. Detida há sete meses sob acusações relacionadas a golpes online contra brasileiros, ela caiu em uma armadilha de emprego que prometia trabalho em telemarketing com tradução. Ao chegar ao país asiático, ela foi levada a um complexo isolado onde teve seu passaporte confiscado e acabou mantida em cárcere privado.

Após perceber o engano e tentar escapar da situação, Daniela foi detida pela polícia local. Durante sua prisão preventiva na penitenciária feminina superlotada do país asiático, ela relatou condições precárias e extorsão por criminosos que se passaram por ela para obter dinheiro da família. O prejuízo chega a R$ 27 mil.

O caso chamou atenção para o crescente problema do aliciamento internacional, envolvendo propostas sedutoras, mas fraudulentas dirigidas a brasileiros. Segundo a Interpol, o sudeste asiático tornou-se um ponto crítico desse tipo de crime organizado, com uma circulação de 3 trilhões de dólares por ano nessa atividade.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro acompanha o caso usando a embaixada no Camboja e tem prestado assistência consular à arquiteta. O Itamaraty também reforçou os alertas sobre riscos associados ao aliciamento para esta região específica do mundo.

A família de Daniela espera que este episódio sirva como um alerta sobre as perigosas armadilhas escondidas atrás das promessas tentadoras oferecidas por golpistas internacionais.

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