Roberto Cejas, o homem que carregou Diego Armando Maradona às cavalitas durante a celebração do título no Mundial de 86, morreu no domingo, aos 68 anos, vítima de doença prolongada.
Cejas tinha 29 anos quando saltou o fosso e entrou no relvado do Estádio Azteca, na Cidade do México, assim que o árbitro apitou para o final do jogo com a Alemanha, que consagrou a albiceleste como campeã mundial pela segunda vez.
«De repente, ficámos frente a frente e no segundo a seguir já o tinha aos ombros. Não fui buscar o Diego. Quando me dei conta, tinha-o em cima de mim e dava a volta ao estádio com aquele calor todo. Ele só me dizia: ‘Leva-me para aqui, leva-me para ali’», recordou, anos depois, o adepto que, sem bilhete, conseguiu entrar no estádio após pagar, com um grupo de amigos, 17 dólares a um controlador.
Por causa de um gesto espontâneo, Roberto Cejas acabou por ser um dos protagonistas de uma das mais icónicas imagens da história do futebol mundial, que originou inclusive capas de livros.
Ao longo das últimas décadas, o conhecido aficionado esteve presente em várias competições internacional, mas falhou as finais dos Mundiais de 1990 e de 2014, nos quais a Argentina foi derrotada na partida de atribuição do título.
Em 2022, com o apoio de várias pessoas que possibilitaram a viagem para o Qatar, marcou presença no jogo do título diante de França. «Vou tentar levantar Messi», afirmou em tom de brincadeira antes da partida que voltou a consagrar a albiceleste como campeã mundial 36 anos depois do México 86.
