O antigo ministro da Cultura e ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, João Soares, reagiu nas redes sociais à notícia da agressão de que José Manuel Anes, ex-presidente do OSCOT — Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, foi alvo às mãos da própria filha.

João Soares começa por expressar solidariedade e preocupação pelo episódio e sublinha o facto de estar satisfeito por saber que José Manuel Anes “já está livre de perigo” e descreve o ataque como “uma coisa aberrante e muito estranha”, desejando-lhe “rápidas e sólidas melhoras”.

No entanto, após esta introdução solidária, o tom da mensagem muda radicalmente e Soares não hesita em arrasar o percurso do investigador, referindo que “o que aconteceu prova de alguma forma por que foi um péssimo presidente dessa coisa absurda que é o OSCOT”.

João Soares afirma que conheceu Anes “na maçonaria” e mencionou o seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito de Camarate, considerando-o “delirante” e qualificando-o como um momento de descrédito.

Numa passagem particularmente dura, João Soares escreveu ainda: “Espero que este incidente sem consequências de saúde marque a sua retirada da prática das aparições públicas disparatadas e fantasiosas que tem sido o seu percurso de pretenso ‘especialista em segurança’. Vê-se bem como é ‘especialista em segurança’”.

A publicação termina com um desejo ambíguo de melhoras, em que Soares reforça a sua preocupação com o estado físico de Anes, mas não sem deixar também uma nota mordaz.

“De novo desejo-lhe melhoras na saúde física, na mental já me é mais difícil”, remata.