Kyev tem afirmado ser imperativo atacar instalações russas que desempenham um papel fundamental na guerra de Moscovo contra a Ucrânia.
“A fábrica química de Bryansk é uma instalação fundamental do complexo militar-industrial do Estado agressor”, afirmaram as Forças Armadas ucranianas na rede social X.
De acordo com os militares, a fábrica “produz pólvora, explosivos e componentes utilizados em munições e mísseis utilizados pelo inimigo para bombardear o território da Ucrânia”.
Apesar de não ter comentado diretamente o ataque à fábrica de Bryansk, o Kremlin alerta o Ocidente para não fornecer mísseis de longo alcance à Ucrânia.
Militarmente, a resposta de Moscovo não tardou e horas depois atacou com drones e mísseis várias regiões ucranianas. Pelo menos seis pessoas morreram, incluindo duas crianças, de acordo com Volodymyr Zelensky.
Foto: Reuters
Foram registados cortes de energia em Kiev e Dnipropetrovsk sendo que vários relatos indicam que a Rússia terá atacado centrais térmicas.
O “peso” deste ataque com mísseis britânicos
Esta foi a primeira vez que a Ucrânia utilizou os mísseis Storm Shadow de longo alcance contra alvos dentro da Rússia.
Antes, só há registo da utilização de armamento do Ocidente dentro da Rússia com a utilização dos mísseis Atacms fornecidos por Washington.
A autorização foi dada pelo então presidente norte-americano Joe Biden e provocou uma reação violenta de Moscovo.
Quanto ao ataque com os Storm Shadows ocorreu no mesmo dia em que o primeiro-ministro britânico e outros líderes europeus prometeram “aumentar a pressão sobre a economia russa e a sua indústria de defesa”, até que Vladimir Putin “esteja pronto para fazer a paz”.