Nesta quinta-feira, 23 de outubro, o canal Arte1 exibirá às 23h o documentário ‘Hitler Versus Picasso – A Obsessão Nazista pela Arte‘. Produzido pela 3D Produzioni e Nexo Digital, ele foi lançado em 2018, e destrincha com precisão histórica e em detalhes o brutal processo de destruição e pilhagem sistemática de obras de arte orquestradas pelos nazistas sobre o comando de Adolf Hitler, no Terceiro Reich.
O documentário conta com narração de Toni Servillo, e foi produzido com acesso a arquivos inéditos e ao Dossiê Gurlitt, uma coleção descoberta em 2010 na Alemanha, que continha obras roubadas sob ordens diretas de Hitler e do oficial nazista Hermann Göring.
Para contar essa história, o documentário ancora o relato em fatos verificáveis, através do cruzamento de acervos, documentos de confisco, listas de expurgo, entrevistas com herdeiros de obras saqueadas, curadores de arte e investigadores; tudo isso, além de visitar a centros decisivos nessa história, distribuídos entre as cidades como Paris (França), Berna (Suíça), Deventer (Holanda), Nova York (Estados Unidos), Bonn e Munique (Alemanha).
Além disso, conforme informado em material de divulgação do canal Arte1, a narrativa aproxima o passado e o presente, evidenciando a disputa que segue viva, mesmo após tantas décadas, envolvendo obras que continuam desaparecidas, obras já restituídas, e aquelas que continuam expostas em museus europeus com lacunas na explicação de suas origens.
Caso você não possa assistir à estreia do documentário no Arte1, ele também será exibido na sexta-feira, 24, às 7h45 e às 15h; e no domingo, 26, às 9h.
Durante o Terceiro Reich alemão, quando o país foi governado por Hitler, os nazistas não apenas foram centrais na definição da Segunda Guerra Mundial, através de sua expansão pela Europa. Outro meio de repressão e domínio que eles orquestraram foi o estabelecimento de uma máquina de guerra cultural, destruindo publicamente a produção artística moderna — que eles classificavam como “degenerada” —, e montando uma operação industrial de pilhagem de obras de arte de coleções privadas e projetos museológicos.
Entre os artistas que mais foram atingidos por esse programa de apagamento e saque estão os franceses Marc Chagall, Claude Monet e Henri Matisse; o austríaco Kokoschka; o russo El Lissitzky; os alemães Paul Klee e Otto Dix; e, claro, o espanhol Pablo Picasso.
Éric Moreira é jornalista, formado pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Passa a maior parte do tempo vendo filmes e séries, interessado em jornalismo cultural e grande amante de Arte e História.