Água quente. Este foi o assunto que marcou o jogo desta terça-feira antes de a bola começar a rolar no relvado do Emirates. Na véspera da partida, o jornal Marca partilhou uma situação insólita, que levou os jogadores do Atlético de Madrid a tomarem banho apenas no hotel, depois de terem feito o habitual treino de adaptação ao relvado. Tudo aconteceu devido a uma falha na canalização do estádio, algo que teria sido detetado antes do início da sessão, mas que não teve solução, deixando os colchoneros descontentes por conta da chuva que caiu sobre Londres durante o seu treino. Os responsáveis do Arsenal foram avisados e o clube apresentou um pedido de desculpas oficial, mas o problema não foi solucionado e os espanhóis decidiram apresentar uma queixa formal junto da UEFA.
Apesar de serem considerados dois dos melhores treinadores da atualidade, esta foi a primeira vez em que Mikel Arteta e Diego Simeone se enfrentaram. Em termos internos, ingleses e espanhóis viviam situações distintas, com os gunners a liderarem, de forma isolada, a Premier League, com três pontos de vantagem para o Manchester City. Em sentido inverso, os rojiblancos estavam desde já a oito pontos do líder Barcelona, ocupando o quarto lugar de LaLiga. Apesar do bom início, um dos principais temas de conversa residia na frente de ataque de Arsenal e dava pelo nome de Viktor Gyökeres. O sueco continua a ter dificuldades em encontrar-se com o golo no novo clube e, antes do regresso da Champions, levava nove jogos e mais de um mês sem faturar.
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“O que mais valorizo é quando vejo a equipa, a energia, o ambiente, o compromisso e a qualidade que conseguem apresentar. Isso dá-me a convicção de que podemos chegar até ao fim. Mas isso é apenas uma sensação. Depois, no dia seguinte, é preciso prová-lo e não podemos perder tempo a pensar nesses assuntos. Simeone? O que ele fez desde que chegou ao Atl. Madrid é notável, não só pelo que conquistou, mas também pela forma como o fez. A identidade que criou é fácil de reconhecer, porque a equipa reflete muito o treinador. Isso é algo muito difícil de alcançar. Está lá há 14 anos e o que conseguiu é incrível. É alguém em quem me inspiro. A sua paixão, o tempo que já leva no futebol e como continua a transmitir essa vontade de vencer. Para continuar a convencer jogadores neste ambiente é preciso ser extraordinariamente bom”, afirmou Arteta.
“Vamos defrontar uma equipa muito boa, com um padrão de jogo e umas características de gestão de jogo incríveis. Têm uma identidade que não negoceiam, pelo contrário, vão melhorando contratando o que precisam. Disputaram as últimas Premier League até ao fim, demonstrando a identidade que tem a equipa. Amanhã [terça-feira], certamente, vamos viver um jogo com muito ritmo. Visualizamos um jogo intenso. Eles também são muito bons quando se fecham atrás. Com as nossas características, com o que temos vindo a trabalhar… Vamos tentar levar o jogo para onde possamos criar perigo. Empate é bom? Se for como da última vez, diria que sim, porque jogámos com 10 durante 80 minutos. Conselho a Arteta? O que tem feito desde que chegou. Manter a identidade que tem desde o primeiro momento”, retorquiu Simeone.
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Para este jogo que foi apelidado de “Haramball” (antijogo, em português), por conta da postura defensiva dos dois treinadores, Mikel Arteta voltou a apostar em Viktor Gyökeres e fez duas alterações no lado esquerdo da sua equipa, com Myles Lewis-Skelly e Gabriel Martinelli a entrarem para os lugares de Ricardo Calafiori e Leandro Trossard. Do outro lado, Diego Simeone relegou Antoine Griezmann para o banco de suplentes, algo que não acontecia há cinco jogos. Desta forma, Alexander Sorloth juntou-se a Julián Alvarez no ataque, com Giuliano Simeone na direita.
Os gunners entraram fortes na partida e, nos primeiros minutos, Eberechi Eze atirou à trave da baliza de Jan Oblak, depois de a bola ter desviado em Dávid Hancko (5′). Pouco depois, Lewis Skell recebeu à entrada da área e atirou cruzado, mas a bola saiu ao lado (15′). O Arsenal continuou mais perigoso e, depois de ser lançado por Eze, Bukayo Saka atirou perante a saída de Oblak, mas o guarda-redes levou a melhor (19′). Na resposta, David Raya saiu mal da baliza e a bola sobrou para Alvarez que, com tudo para marcar, falhou a baliza (25′). Na parte final do primeiro tempo, Martinelli inaugurou o marcador após remate de Saka, mas estava em posição irregular (37′).
Na segunda parte, os papéis inverteram-se, com Alvarez a acertar na trave nos primeiros minutos (49′). A resposta saiu dos pés de Gyökeres que, isolado, rematou para defesa de Oblak (53′). Pouco depois, num lance de bola parada, Declan Rice colocou a bola na área e, sozinho, Gabriel Magalhães desviou para o golo inaugural (57′). Pouco depois, Lewis-Skelly rompeu pelo meio e entregou em Martinelli que, dentro da área, atirou de primeira, colocado, para o 2-0 (64′). Logo a seguir, o brasileiro cruzou para Eze, que falhou o remate, mas a bola acabou nos pés do avançado sueco que, com o contributo de Matteo Ruggeri, regressou aos golos (67′). Três minutos depois, Gyökeres carimbou o 4-0 em novo lance de bola parada, com Rice a cruzar, Magalhães a cabecear para o meio e o camisola 9 a completar para o bis (70′). O ex-Sporting acabou por sair na reta final da partida e, no momento em que cedeu o seu lugar a Mikel Merino, foi bastante ovacionado pelos adeptos ingleses.
Já sabem o que acontece nas bolas paradas do Arsenal, não é? ????????♂️ Gabriel ????
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Martinelli a finalizar ????
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O homem da máscara voltou ????????
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BIS DE GYÖKERES ????
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Ovação para Viktor Gyökeres ????#DAZNChampions pic.twitter.com/KMO1TASvKo
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