Martim Mayer, candidato às eleições do Benfica, apresentou nesta quarta-feira a proposta para o património do clube, que inclui as expansões do Estádio da Luz e do Benfica Campus, bem como a construção de um campus das modalidades e os custos associados a cada um dos projetos.
Expansão da Luz
No que diz respeito à ampliação da Luz, o projeto contempla, tal como o candidato da Lista B já disse em várias ocasiões, o aumento da lotação do recinto para 83 mil espectadores. A proposta inclui ainda a criação de uma nova cobertura e a remodelação da fachada e envolvente exterior do recinto.
Este projeto tem uma estimativa orçamental de 100,9 milhões de euros: 75 milhões pela ampliação do estádio, €16,750M pela nova cobertura e €9,150M pela modernização do exterior. A obra seria realizada em quatro anos, sendo os primeiros 15 meses dedicados ao início do projeto, levantamentos técnicos, execução de projetos e licenciamento, e concurso de empreitada. Seguir-se-iam depois quatro fases de execução da empreitada durante 26 meses, bancada a bancada, sem interrupção de jogos.
Refere a candidatura «Benfica no Sangue» que obra seria financiada e amortizada em dez anos sem afetar o orçamento anual do clube.
Criação do Benfica Campus das Modalidades fora de Lisboa
Paralelamente a este projeto, a candidatura Benfica no Sangue apresentou também um estudo prévio para a construção do Benfica Campus das Modalidades, um complexo desportivo e residencial que concentraria todas as infraestruturas das modalidades num só local onde passariam a treinar e a jogar: três campos de andebol, quatro de basquetebol, três de futsal, dois de hóquei em patins, uma piscina olímpica (50 metros), uma piscina de polo aquático, um pavilhão para combate, outro para ginástica, além de dois campos de râguebi e um complexo de atletismo.
Além disto e de um edifício com diversos serviços (Departamento de Performance, CAR, clínica desportiva, ginásio, medicina de reabilitação e fisioterapia, nutrição e psicologia), o programa prevê a edificação de três residências: uma com 200 quartos, outra com 100 estúdios e outra com 100 apartamento de tipologias T1 e T2, além de zonas comuns sociais e de restauração de apoio às residências.
Paralelamente, o Benfica Campus das Modalidades teriam ainda uma zona de equipamentos comum, que contemplaria uma zona comercial com restauração e lojas de desporto, um auditório, um skate park, um centro de escalada, um centro de padel, espaços verdes e estacionamento.
A estimativa orçamental do Benfica Campus das Modalidades seria de 69,6 milhões de euros, quase totalmente alocados às zonas das modalidades (€28,8M) e das residências (€29,5M). Os equipamentos comuns e o edifício do equipamento técnico teriam um custo de €9,1M e €2,2M, respetivamente.
O tempo previsto para a conclusão da obra seria, também de quatro anos, com a empreitada a ser executada numa janela de 26 meses.
Segundo a candidatura Benfica no Sangue, este novo polo iria ocupar uma área de 25 hectares e o terreno seria encontrado nos concelhos de Loures, Amadora ou Oeiras.
É ainda referido que este complexo permitira uma poupança anual entre 6 e 8 milhões de euros em alugueres e alojamentos externos.
Expansão do Benfica Campus
Por fim, a expansão do Benfica Campus tem uma estimativa orçamental de 49,2 milhões de euros. Nele iriam nascer um estádio de futebol feminino com capacidade para até 10 mil lugares, quatro novos campos sintéticos de treino, um colégio com capacidade entre 600 e mil alunos e um edifício residencial com 200 estúdios. O projeto prevê ainda a expansão do centro de reabilitação desportiva, incluindo da piscina.
O colégio e as residências teriam um custo de mais de 50 por cento da obra (€26,6M), sendo que o estádio e a criação de novos campos de treino custariam 21,1 milhões de euros. Já a estimativa orçamental para o centro de reabilitação é de 1,5 milhões de euros. Este projeto também seria concretizado, entre o início e a conclusão global, em quatro anos.
A concretizarem-se estes projetos desenvolvido pelas empresas CBRE (responsável pelas infraestruturas de Camp Nou e Santiago Bernabéu), MAP Group e AQA Arquitetos, o custo total seria superior a 220 milhões de euros.
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