(em atualização)
Numa nota à comunicação social, a Câmara Municipal de Lisboa avançou que Carlos Moedas esteve reunido com o presidente do Conselho de Administração da Carris e que, nesse encontro, “foi apresentada a renúncia ao cargo” do presidente da empresa.
A renúncia é “extensível a todos os restantes elementos do Conselho de Administração” da Carris, adianta a mesma nota.
“O presidente da Câmara Municipal de Lisboa compreende e aceita os motivos apresentados, considerando fundamental a nomeação de uma nova Administração, que será apresentada oportunamente, para um novo mandato”.
Carlos Moedas destaca ainda “a forma profissional e corajosa com que no momento mais duro do mandato, na sequência do trágico acidente do Elevador da Glória, o atual Conselho de Administração defendeu os interesses da empresa e, apesar de terem colocado o lugar à disposição desde a primeira hora, aceitaram manter-se em funções”, refere a nota.
Segundo a Câmara da capital lisboeta, a atual administração da Carris vai garantir a gestão, dentro dos prazos e limites legais, até à escolha de um novo presidente e Conselho de Administração da empresa.
O autarca quis ainda reforçar a “preocupação de querer restabelecer o mais depressa possível a total confiança e credibilidade de uma empresa fundamental para a cidade de Lisboa”.
A renúncia acontece depois de, na segunda-feira, terem sido conhecidas as conclusões do relatório preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) relativamente à tragédia com o elevador da Glória.
O acidente aconteceu no dia 3 de setembro e provocou 16 mortos e duas dezenas de feridos, entre os quais portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.
De acordo com o relatório, o cabo que unia as duas cabinas do elevador da Glória e que cedeu no seu ponto de fixação da carruagem que descarrilou não respeitava as especificações da Carris, nem estava certificado para uso em transporte de pessoas.