Em meio à sua turnê em celebração aos 20 anos do álbum Temple of Shadows (2004), o Angra fez uma ligeira alteração em seu repertório. Devido à morte de Ozzy Osbourne, no último dia 22 de julho, a banda resolveu tocar “No More Tears”, faixa-título do clássico álbum de 1991, para homenageá-lo.

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Ao menos em um primeiro momento, não deu certo. A primeira execução, com falhas, se deu durante show no Bolshoi Pub, em Goiânia, na última quarta-feira (30).

O vocalista Fabio Lione entrou errado e demorou um pouco até se acertar por completo. Como resultado, primeiro verso e refrão ficaram bem comprometidos. Um momento curioso de se acompanhar, dado o extremo e incontestável rigor técnico dos músicos envolvidos.

Assista abaixo, em registro de Kiko Barreto.

Já durante apresentação no festival Capital Moto Week, em Brasília, na quinta (31), o grupo parecia se entender melhor. Apesar de um pequeno erro de guitarra nos segundos iniciais, a performance se sucedeu sem problemas.

Veja a seguir.

Angra, turnê atual e hiato

A turnê atual do Angra conta com mais três shows, no Rio de Janeiro (01/08), Cariacica (02/08) e São Paulo (03/08). Após a performance derradeira, o grupo entrará em um hiato por tempo indeterminado.

Em entrevista a este jornalista publicada na Rolling Stone Brasil, o guitarrista Rafael Bittencourt e o baixista Felipe Andreoli garantem que a pausa nas atividades ocorre em um momento interno tranquilo, com intenção de retomar a atual formação com a futura volta às atividades. A ideia da interrupção é justamente evitar que novas desavenças ocorram devido à agenda extenuante cumprida nos últimos anos. Bittencourt explica:

“Eu já vinha falando que queria um tempo para reorganizar internamente. Estamos vindo de uma corrida muito forte, emendando um álbum no outro, uma turnê na outra, às vezes duas turnês acontecendo ao mesmo tempo, como foi o caso da turnê do Acústico [‘Acoustic Live at Opera de Arame’], o lançamento do álbum [‘Cycles of Pain’], depois a turnê do [20º aniversário do] Temple of Shadows. Todos estavam desgastados, a ponto de eu farejar que aquilo poderia gerar problema, de acabar minando — com o excesso de trabalho — e pessoas quererem sair da banda. Senti um ar que não era só meu, um certo descontentamento com o desgaste, ainda que não com o Angra em si. Acho que é um bom momento para se reorganizar internamente e se fortalecer. As pessoas vão pensar o que quiserem. Tem gente que fala que eu enriqueci com meu canal Amplifica e por isso não quero mais. Nada a ver. É um absurdo essa ‘informação’. Pelo contrário: faço muito por amor. Me dedico e estou investindo ainda no Amplifica para que ele um dia vire algo comercial. Mas o ponto é que vejo que para mudar de patamar — e eu gostaria que o Angra mudasse de patamar, pois a gente tem muito prestígio e respeito de muitas camadas dentro da música, de jornalistas e outros músicos —, acho que precisamos dar uma parada para nos fortalecer. Pensar numa estratégia e se fortalecer ainda mais.”

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