Centenas de pessoas, entre as quais figuras da política, do jornalismo e da televisão e anónimos, estiveram presentes, durante a tarde de quinta-feira, no velório de Francisco Pinto Balsemão.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, o general Ramalho Eanes, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, foram algumas das personalidades que marcaram presença.

Estiveram igualmente presentes no velório os antigos primeiros-ministros Pedro Santana Lopes e Pedro Passos Coelho. Do atual Governo passaram pelos Jerónimos os ministros dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, da Justiça, Rita Alarcão Júdice, do Ambiente e Energia, Graça Carvalho, da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, e das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.O antigo primeiro-ministro e fundador do Expresso e da SIC morreu na terça-feira, aos 88 anos.

Compareceram ainda antiga candidata presidencial Ana Gomes, os candidatos a Belém António José Seguro, Luís Marques Mendes e Jorge Pinto.

Estiveram também nos Jerónimos os antigos ministros João de Deus Pinheiro, Fernando Faria de Oliveira, Basílio Horta, Luís Pedro Mota Soares, Pedro Siza Vieira, António Vitorino e Guilherme d’Oliveira Martins, assim como o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

O líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, e vários membros da bancada do PSD, incluindo a vice-presidente da Assembleia da República Teresa Morais, passaram pelo velório, além de Sérgio Sousa Pinto, João Soares, Isabel Soares, Pedro Roseta, Filipa Roseta e Francisco Louçã.

Visão “cosmopolita” e “universalista”

A Assembleia da República cancelou todas as sessões plenárias prevista para esta semana. O pedido foi apresentado pelo PSD e aprovado por todos os partidos com assento parlamentar.

Foi assim adiada, uma vez mais, a discussão da Lei da Nacionalidade em sede de especialidade, que deveria ocorrer esta quinta-feira. Na véspera foi cancelado o debate preparatório do Conselho Europeu.

Entrevistado no Telejornal, o primeiro-ministro quis salientar as marcas que Pinto Balsemão deixou no país, tendo sido um dos inspiradores da matriz identitária e ideológica do PPD-PSD.

Luís Montenegro evocou a visão “cosmopolita” e “universalista” do “pensamento político” do antigo governante e, em particular, o papel que este desempenhou na revisão constitucional de 1982 e no posterior processo de adesão de Portugal à CEE.

Na leitura do primeiro-ministro e líder do PSD, a liderança de Francisco Pinto Balsemão antecipou uma das décadas mais prósperas de Portugal – já com a governação de Aníbal Cavaco Silva.



c/ Lusa