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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou esta quarta-feira uma carta de intenções para a compra de até 150 aviões de combate Gripen na Suécia e conta já ter alguns caças no próximo ano.
“Valorizamos muito as nossas relações com a Suécia e todas as formas de apoio ao nosso povo. E hoje, um dos principais tópicos das nossas negociações foi o reforço das capacidades de defesa da Ucrânia. Consideramos que o avião JAS 39 Gripen é um dos elementos mais eficazes deste esforço e contamos com as primeiras entregas de Gripens já em 2026”, afirmou o Presidente ucraniano na rede social X, acompanhado de um vídeo com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson.
An important meeting with the @SwedishPM Ulf Kristersson. We greatly value our relations with Sweden and all forms of support for our people. And today, one of the key topics of our negotiations was strengthening Ukraine’s defense capabilities. We consider the JAS 39 Gripen… pic.twitter.com/iW5BxkSF6w
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 22, 2025
Zelensky assinou uma carta de intenções com o objetivo de Kiev adquirir entre 100 e 150 aviões de combate Gripen de última geração, a fim de “construir uma nova e poderosa força aérea ucraniana”, anunciou o primeiro-ministro sueco.
No ano passado, a Suécia suspendeu os seus planos de enviar caças Gripen para a Ucrânia, em resposta a um pedido dos países parceiros para dar prioridade aos F-16 norte-americanos.
De acordo com Zelensky, debateu ainda com Kristersson a situação do setor energético da Ucrânia, que apresenta “necessidades urgentes decorrentes dos contínuos ataques da Rússia” às infraestruturas energéticas ucranianas.
Antes de se reunir com o primeiro-ministro sueco na sede do grupo de defesa Saab, que produz os caças Gripen, esteve na vizinha Noruega, num encontro com o líder do Governo norueguês, Jonas Gahr Store.
A visita de Zelensky acontece após um ataque a um infantário em Kharkiv (nordeste), que causou a morte de uma criança e sete feridos.
Seis pessoas foram também mortas numa vaga de ataques noturnos ao setor energético da Ucrânia.
Enquanto o Presidente ucraniano visitava os aliados nórdicos, o homólogo russo dava luz verde a manobras militares nucleares.
“Hoje, temos um exercício de gestão de forças nucleares estratégicas programado, tal como o ministro da Defesa acabou de informar. Vamos ao trabalho”, afirmou Vladimir Putin enquanto comunicava com militares do Kremlin, segundo a agência russa TASS.
Putin ordenou o início das manobras na presença do ministro da Defesa, Andrei Belousov, e do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov, através de uma videoconferência.
Estas manobras surgem após a cimeira entre os Estados Unidos e a Rússia em Budapeste, capital da Hungria, que deveria ter lugar dentro de duas semanas, ter sido adiada depois de Moscovo ter excluído liminarmente a possibilidade de cessar os combates na Ucrânia, como tinha proposto o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Um responsável da Casa Branca afirmou na terça-feira que a cimeira entre Trump e Putin, anunciada na passada quinta-feira, não deverá ocorrer num “futuro próximo”.
“Não há necessidade de uma reunião cara a cara adicional entre o secretário de Estado [norte-americano], Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, e não há planos para o Presidente Trump se reunir com o Presidente Putin no futuro imediato”, disse o funcionário, sob condição de anonimato, citado pelas agências de notícias espanhola EFE e norte-americana Associated Press (AP).
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