FC Porto e Sp. Braga podem dar, esta quinta-feira, respectivamente frente ao Nottingham Forest (20h SPTV5), em Inglaterra, e ao Estrela Vermelha (17h45 DAZN1), na Pedreira, um passo decisivo para reservarem, no mínimo, um lugar no play-off da Liga Europa, fase que os portistas (18.º) garantiram em cima da hora, na estreia de Martín Anselmi – (perderiam com a Roma, no play-off) – e os minhotos (25.º) falharam por um golo na edição passada.
Em apenas um ano tudo mudou para os clubes portuguesas presentes na competição que a 20 de Maio de 2026 conhecerá, na Turquia, no Besiktas Park, o sucessor do Tottenham. Uma mudança positiva, com FC Porto e Sp. Braga a integrarem o lote de sete equipas com dois triunfos em duas jornadas, a par de Dínamo de Zagreb, Lille, Midtjylland, Lyon e Aston Villa.
Assim, minhotos e portuenses podem, em caso de vitória nesta terceira ronda, aspirar a uma qualificação via play-off ou, caso mantenham a trajectória e conquistem mais dois triunfos nos últimos cinco encontros (os “dragões” disputam três em casa e os “guerreiros” dois), o acesso directo aos oitavos-de-final, patamar que em 2024-25 fixou a fasquia segura nos 15 pontos (14 no caso do Rangers, que superou outros três rivais com a mesma pontuação).
Em primeiro na Liga, vindo de uma goleada na Taça de Portugal, o FC Porto tem um teste sempre difícil no City Ground, em Nottingham, depois da vitória arrancada a ferros em Salzburgo e do triunfo sobre o Estrela Vermelha, no Dragão, igualmente selado nos últimos minutos.
Frente à antiga equipa de Nuno Espírito Santo, 25.ª da tabela, que arrancou com um empate (2-2) em Sevilha, frente ao Betis, e perdeu no City Ground diante do Midtjylland (2-3), Francesco Farioli só não conta com os lesionados Nehuén Pérez e Luuk de Jong, tendo recuperado o lateral Zaidu, um dos 24 convocados do treinador italiano para o duelo com a formação de Sean Dyche, terceiro técnico dos “the tricky trees”, apresentado na terça-feira.
O australiano Ange Postecoglou, vencedor da última edição da Liga Europa, com o Tottenham, em Bilbau, frente ao Manchester United de Rúben Amorim, foi demitido no sábado, após nova derrota (sexta), frente ao Chelsea, numa equipa que não vence qualquer partida desde a saída do técnico luso, e que viu o também português Marco Silva, técnico do Fulham, rejeitar a possibilidade de trocar Londres por Nottingham.
Farioli tem consciência que as sete derrotas (quatro consecutivas) dos ingleses, que só ganharam um jogo (o primeiro da época), podem distorcer a realidade de uma equipa de orgulho ferido, que andou nos lugares cimeiros da Premier League em 2024-25, e que conta com unidades como Zinchenko (ex-Manchester City e Arsenal), Morato (ex-Benfica) e um quarteto de brasileiros, com destaque para os internacionais Douglas Luiz (ex-Juventus) e Igor Jesus (bisou em Sevilha).
Aguarda-se, pois, um duelo de contrastes, com um FC Porto que só cedeu um empate, ante o Benfica, em 2025-26, e que pode explorar as fragilidades emocionais do adversário para poder olhar, sem pudor, para os “oitavos”, apesar de ter sido forçado a ajustar o programa depois de um atraso do voo, causado por uma inspecção aleatória da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) à aeronave.
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— FC Porto (@FCPorto) October 22, 2025
Braga quer versão europeia
Numa posição ligeiramente diferente, balançando entre exibições menos conseguidas a nível doméstico (é oitavo na Liga e suou para eliminar o Bragança na Taça) e as sete vitórias consecutivas na Liga Europa (cinco na fase de qualificação), o Sp. Braga de Carlos Vicens volta a apostar na melhor versão para superar o campeão sérvio e líder do campeonato, com dez vitórias em dez jogos.
Carlos Vicens destacou as virtudes do próximo adversário, que na ronda anterior perdeu (2-1) no Dragão, mas que segundo o técnico espanhol poderia ter obtido outro resultado.
As vitórias sobre Feyenoord (1-0) e Celtic Glasgow (0-2) não deslumbraram Carlos Vicens, que viu o Estrela Vermelha empatar com o Celtic (1-1), em Belgrado, antes da derrota com o FC Porto, e antecipa uma jornada exigente.
Para além da “qualidade individual” e dos jogadores “perigosos”, Vicens destaca o “colectivo” e a “organização”, o que obriga o Sp. Braga a “fazer muitas coisas muito bem para ganhar”.
Os minhotos não podem contar com os defesas centrais Niakaté e Paulo Oliveira, para além de Vítor Carvalho, Gabriel Moscardo e Grillitsch, todos lesionados.