Comecemos pela arte. Não no sentido de tentar esclarecer de uma vez por todas, na esteira de Aristóteles e de Oscar Wilde, se esta imita a vida ou se é a vida que a imita a ela, mas no intuito de avaliar a prevalência geográfica das representações artísticas enquanto critério legitimador da reivindicação de uma figura histórica. Ora, se tal contabilidade servisse de argumento decisivo, Viriato seria de Espanha, e a capa do mais recente livro de Astérix teria, provavelmente, os dois heróis gauleses agarrados a uma paella e não a passear em cima de uma calçada portuguesa com desenhos de bacalhaus.

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