Durante a escrita, Amarilis contou com os feedbacks de vários amigos, de diferentes estados, para garantir que o livro teria uma boa representatividade de um povo tão diverso. “Porque não adianta a gente mostrar um Brasil unilateral, né? Um Brasil segregado ou um Brasil de uma única raça, do único povo, do único ponto de vista. Então eu queria uma coisa que conversasse com os brasileiros em sua totalidade”.

A autora conta que a cena em que aborda as raízes do Brasil foi uma das mais complexas de ser construída. “Queria que ela transmitisse realmente que a gente tem um passado histórico muito violento, difícil, que a gente ainda está vivendo e tem muita coisa para recuperar, mas eu queria que ela transmitisse um pouco de esperança e um pouco de gratidão pelas ancestralidades que a gente carrega”.

Agora em Portugal, a autora conta ter identificado, com a divulgação do livro, “muita oportunidade, inclusive nas escolas, nas bibliotecas, de trazer esse aprendizado para a gente”. Ponto que considera importante dado o contexto atual do país, e que considera que, com o livro, pode ser reforçado. “Dá a chance de ter esse olhar um pouco mais afetivo e integrado, de união e de harmonia, porque essa amizade entre o Brasil e Portugal é uma coisa já tão antiga, e precisa cada vez mais, ainda mais a gente sabendo que a maior parte dos imigrantes aqui em Portugal são de fato os brasileiros. O livro vem para ajudar a integração do ponto de vista educacional, do ponto de vista escolar”, avalia.

Aos poucos, o livro foi conquistando famílias em vários países. Pequenos leitores que vão descobrindo que “viemos desse lugar de potência e que a gente consegue. E o que a gente colocar nossa mente, o nosso eu, a gente consegue conquistar e a gente consegue fazer ali a nossa marca e mostrar o nosso bom exemplo no mundo todo. É fazer com que o mundo todo, de fato, conheça quem somos nós.”

O livro está disponível para compra online pela Amazon.

caroline.ribeiro@dn.pt