A ideia é semelhante à das bicicletas eléctricas, que permitem “amplificar” a capacidade muscular dos ciclistas através do apoio de um motor eléctrico. Conforme detalhado num comunicado de imprensa, a Nike quer aplicar o mesmo princípio à corrida e à caminhada. O Project Amplify não é apresentado para atletas de elite que querem bater recordes, mas sim para o “atleta do dia-a-dia”. Os clientes alvo são, segundo a marca, as pessoas que correm a um ritmo mais lento, algures entre os seis e os sete minutos e meio por quilómetro.
Ajuda extra para as pernas
O sistema, que está a ser desenvolvido em parceria com a empresa de robótica Dephy, é composto por um pequeno motor, uma correia de transmissão e uma bateria recarregável. Estes componentes integram-se numa sapatilha que já utiliza uma placa de fibra de carbono. A Nike explica que tudo é gerido por algoritmos de movimento desenvolvidos pelo Nike Sport Research Lab, o laboratório de investigação da marca. Michael Donaghu, vice-presidente de inovação, descreveu a sensação no comunicado como ter “um segundo par de gémeos”, referindo-se aos músculos das pernas. A promessa é que o sistema torna o acto de correr ou andar “mais fácil e divertido”, dando um pequeno impulso a cada passada.
Não é para já
A Nike faz questão de sublinhar que o Project Amplify ainda está em fase de testes. A empresa refere que o sistema já passou por nove versões de hardware e foi testado por mais de 400 atletas, que cobriram o equivalente a cerca de 12.000 voltas a uma pista de 200 metros. Segundo os relatos dos testes, usar o sistema faz com que subir uma encosta pareça que se está a correr em terreno plano. Nalguns casos, ajudou atletas a melhorar o tempo de de uma milha, cerca de 1,6 quilómetros, de 12 para 10 minutos. No entanto, ainda não há data marcada para a chegada mercado, com a Nike a apontar para um lançamento ao consumidor “nos próximos anos”.