José Mourinho procurou esclarecer esta sexta-feira as avaliações que fez sobre o plantel do Benfica quando estava ainda ao comando do Fenerbahçe e, sem nunca referir o nome de Kerem Akturkoglu, explica que o internacional turco teve um papel determinante na sua avaliação e acabou por ter influência no caminho que conduziu o treinador para a Luz.

A frustração de não ter ficado com Akturkoglu

«Eu gostava tanto do plantel do Benfica que lhes quis tirar um jogador importantíssimo. Fiz tudo para lhes tirar um jogador importantíssimo. Se calhar, um dos motivos por que saí do Fenerbahçe tão cedo teve a ver com a frustração de não ter conseguido tirar ao Benfica um jogador que eu considerava fundamental na minha maneira de pensar o jogo. Foi com muita pena que, de maneira indireta, contribuí para que o plantel do Benfica fosse diferente. Culpa minha. Fiz tudo o que era possível para ter esse jogador comigo e afinal acabei por não o ter nem no Fenerbahçe, nem no Benfica.»

Benfica precisa de um ou dois jogadores

«É verdade que gosto de muitas coisas do plantel do Benfica, é verdade também que ao jogar contra o Benfica quis tirar a pressão do meu lado e por um pouquinho de mais pressão no Benfica, elevando do ponto de vista da história, da dimensão, da familiaridade daquilo que são jogos da Champions, mas também é verdade que eu acho e que todos achamos – quem trabalha comigo no Benfica, também acham os outros candidatos e acham os adeptos – que nos falta qualquer coisa. E essa qualquer coisa não são dez jogadores, nem quinze, nem cinco. Muitas vezes basta um jogador de determinado perfil, ou um jogador mais experiente ou um jogador que tem características que os outros não têm. Muitas vezes, basta um ou dois jogadores para melhorarem uma equipa, para melhorarem toda uma dinâmica. Acho que em janeiro o Benfica vai ter um ou dois jogadores que possam ajudar a nossa equipa.»

Aposta na formação

«Quando se falou de um banco muito jovem no qual o Barreiro era o avô…se há alguém que gosta de lançar jogadores jovens eu sou um deles. Se alguém tem na sua história jogadores como Rafa Varane com 18 anos, McTominay com 18 anos, Peter Cech com 18 anos. Se há alguém que tem uma história com jogadores assim, eu sou um daqueles que tem essa história e estou completamente de acordo que no nosso plantel tem este tipo de jogadores. Uns deles vão conseguir chegar mais alto, outros nem tanto, mas estou totalmente de acordo com isso. Por isso estou otimista. Ao nível interno, vamos estar ali o mais perto possível dos nossos rivais, eventualmente à frente. E estou absolutamente convencido que quando fizermos os primeiros três pontos na Champions, espero que seja contra o Leverkusen e Ajax, que nos vamos meter na luta e vamos lutar até ao fim.»