Serão produzidas apenas 25 unidades do Rolls-Royce Phantom Centenary, que celebra os seus 100 anos com um interior digno de galeria de arte.

Depois de um século a definir o significado de luxo sobre rodas, a Rolls-Royce decidiu virar as páginas da sua própria história — literalmente. O novo Phantom Centenary Private Collection é a forma como a marca de Goodwood celebra os 100 anos do seu modelo mais emblemático, o Phantom.

Apenas 25 unidades serão produzidas e já esgotou, apesar de cada um custar perto de três milhões de euros (preço no Reino Unido, de acordo com a Autocar).

Descrito pelo próprio construtor como o projeto mais complexo e ambicioso da sua história, para desenvolver esta coleção foram precisos três anos e mais de 40 mil horas de trabalho. Cada detalhe foi pensado para narrar o primeiro século de vida do Rolls-Royce Phantom. Das pessoas que o desenharam às figuras que o conduziram, dos locais onde foi produzido às histórias que ajudou a escrever.

“Phantom Centenary é a nossa homenagem a um século do objeto de luxo mais reverenciado do mundo. Esta obra de arte usa o Phantom VIII como tela para contar a sua vida e a das pessoas que o tornaram lendário”, afirmou Chris Brownridge, diretor-executivo da Rolls-Royce Motor Cars.

Por fora, o luxo veste-se de sobriedade. Duas tonalidades “Super Champagne Crystal”, com partículas de vidro moído que conferem um brilho profundo, evocando o glamour dos anos 30. No topo da grelha surge uma Spirit of Ecstasy em ouro maciço de 18 quilates. Esta , inspirada na primeira, montada num Phantom, em 1925, e agora marcada com o selo oficial “Phantom Centenary”.

Mas é no interior que o verdadeiro espetáculo começa. Os bancos traseiros, criados com um ateliê de moda, retratam cenas e locais da história do modelo, costurados com 160 mil pontos de bordado.

Já os dianteiros apresentam ilustrações gravadas a laser no couro, com motivos que vão desde o “Roger Rabbit” — nome de código do relançamento da marca em 2003 — até aos esboços originais do primeiro Phantom.

Os painéis de portas, em madeira de Blackwood, são autênticas obras de arte tridimensionais. Neles estão gravadas viagens históricas, como a travessia da Austrália pelo primeiro Rolls-Royce Phantom da era moderna, com mapas desenhados em folha de ouro de 24 quilates.

“Atenção ao detalhe” é um eufemismo

Ainda no interior, numa posição central, a “Anthology Gallery” recria 100 anos de palavras e citações sobre o Phantom. São 50 lâminas de alumínio tridimensionais que se cruzam como páginas de um livro.

No teto, o Starlight Headliner junta 440 mil pontos de luz e bordados que evocam o jardim de Henry Royce em West Wittering, as abelhas de Goodwood e até a icónica “Phantom Rose”.

No compartimento dianteiro, o majestoso motor V12 de 6,75 litros surge coberto por uma tampa branca adornada com detalhes em ouro de 24 quilates, um tributo ao coração que tem alimentado o mítico Phantom durante o último século.

Cada detalhe é um capítulo da mesma história: a do automóvel que, há um século, definiu o luxo absoluto e que continua a fazê-lo. E se a Rolls-Royce tivesse um espelho, era assim que se veria: dourada, imaculada e intemporal.

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