Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram esta sexta-feira que vão enviar o porta-aviões com capacidade nuclear Gerald R. Ford, juntamente com um conjunto de aeronaves, para a região das Caraíbas. Este é um dos equipamentos de guerra mais potentes nas Forças Armadas norte-americanas e surge num momento de aumento de tensão entre a Venezuela e os EUA.
STATEMENT:
In support of the President’s directive to dismantle Transnational Criminal Organizations (TCOs) and counter narco-terrorism in defense of the Homeland, the Secretary of War has directed the Gerald R. Ford Carrier Strike Group and embarked carrier air wing to the U.S.…
— Sean Parnell (@SeanParnellASW) October 24, 2025
No X, o porta-voz chefe do Pentágono, Sean Parnell, deu a conhecer a decisão. “Apoiando a diretiva do Presidente de desmantelar as organizações criminosas transnacionais e combater o narcoterrorismo em defesa da Pátria, o secretário da Guerra [Pete Hegseth] ordenou que se direcionasse o porta-aviões Gerald R. Ford e uma ala aérea para o Comando Sul dos Estados Unidos”, lê-se na publicação.
De acordo com Sean Parnell, esta ação vai “fortalecer a presença dos Estados Unidos” nas Caraíbas. E vai “fortalecer as capacidades dos Estados Unidos de detetar, monitorizar, criar obstáculos a atores ilícitos e a atividades que comprometem a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos”, assim como a segurança norte-americana no Hemisfério Ocidental.
“Estas forças vão fortalecer e aumentar as capacidades existentes para criar disrupções ao tráfico de narcóticos e diminuir e desmantelar organizações criminosas transnacionais”, concluiu Sean Parnell. O porta-aviões Gerald R. Ford estaria no Mar Mediterrâneo e deslocar-se-á agora para as Caraíbas.
Segundo o Politico, trata-se de uma “grande escalada” na região. Os Estados Unidos têm levado a cabo vários ataques contra embarcações que alegadamente transportam narcóticos nas Caraíbas. Mas Washington pode não se ficar por aqui — e atacar a Venezuela, sendo um dos possíveis objetivos derrubar o Presidente, Nicolás Maduro, que os EUA acusam de ser o líder do Cártel de Los Soles.
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