
Castanhas-do-Pará possuem selênio, essencial para o bem-estar psicológico. (Foto: Banco de Imagens)
Kiwi, chocolate amargo e ovos são alguns dos alimentos que podem ser considerados antiestresse. Muitas pessoas se sentem ansiosas sem nenhum motivo.
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Apenas a dificuldade de equilibrar rotinas cada vez mais puxadas já é o suficiente para deixar alguém uma pilha de nervos. Mas existe uma lista de alimentos antiestresse que podem ajudar a manter um dia a dia mais calmo.
A OMS estima que o Brasil é o país mais ansioso do mundo, com 9,3% da população sofrendo de ansiedade patológica. Várias medidas diárias são capazes de diminuir o estresse sem precisar de remédios: fazer exercícios, dormir bem, e uma medida pouco discutida, fazer uma alimentação adequada.
Com esse propósito em mente, profissionais em saúde e nutrição conversaram com o jornal O Globo para mostrar como corrigir a dieta pode diminuir a ansiedade, e quais alimentos são antiestressantes naturais.
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Em linha com essa perspectiva, a matéria “Especialistas revelam quais alimentos ajudam a aliviar a ansiedade” publicada no site do NSC Total aponta que “a relação entre alimentação e bem-estar é cada vez mais evidente”.
Comida anti-inflamatória
Conforme explica Priscilla Primi, mestre pela Faculdade de Saúde Pública da USP, ultraprocessados, pobres em nutrientes, cheios de gorduras saturadas e açúcares adicionados, podem contribuir para estresse:
“Dietas pobres em nutrientes e pró-inflamatórias podem causar a neuroinflamação, o que prejudica a produção de hormônios do bem-estar”, conta a profissional. Já uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais, fibras integrais e gorduras boas pode ter o efeito contrário:
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“Existem alguns alimentos que têm vitaminas, minerais e aminoácidos que podem ajudar na produção de hormônios ligados ao bem-estar”, indica Primi. O principal neurotransmissor associado a esse efeito é a serotonina.
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Saiba quais frutas podem melhorar a qualidade do seu sono (Foto: Reprodução)

Banana (Foto: Reprodução)

Tâmaras (Foto: Reprodução)

Maracujá (Foto: Reprodução)

Kiwi (Foto: Reprodução)

Maçã (Foto: Reprodução)

Morango (Foto: Reprodução)
Alimentos que liberam serotonina
Segundo especialistas, 90% da serotonina circulante no corpo é produzida no trato intestinal, daí a importância de comer bem e manter a saúde digestiva em dia. O neurotransmissor gera redução de sintomas depressivos e ansiosos, bem como promove um bem-estar mental geral.
Entre os alimentos que estão associados ao bem estar psicológico estão:
- Banana, leite, feijão, ervilha e proteínas de origem animal: Ricos em triptofano, aminoácido precursor da serotonina (hormônio da felicidade). A banana também contém potássio e vitamina B6, que apoiam essa produção.
- Abacate, linhaça e peixes de água gelada: Fontes de ômega 3, uma gordura boa que atua como neuroprotetor, otimizando a produção de neurotransmissores para a saúde mental.
- Castanha-do-pará: É a melhor fonte de selênio, mineral essencial para disposição e bom-humor; duas unidades diárias suprem a necessidade, combatendo cansaço e tristeza.
- Semente de abóbora: Além de triptofano, é rica em zinco, mineral que melhora a qualidade do sono e o relaxamento, processos ligados à sensação de felicidade.
- Chocolate amargo (70%), frutas vermelhas e vegetais verde escuro: Ricos em flavonoides antioxidantes, combatem radicais livres, melhoram a cognição e modulam o humor via interação com neurotransmissores.
- Frutas cítricas (acerola, laranja, morango, caju, kiwi): São ricas em vitamina C, um antioxidante que reduz os níveis de cortisol, conhecido como hormônio do estresse.
- Chás calmantes (camomila e melissa): Contêm flavonoides que controlam sintomas de ansiedade e auxiliam no relaxamento e em uma boa noite de sono, reduzindo o estresse.
- Chá verde e matchá: Fontes de L-teanina, aminoácido que aumenta a serotonina e dopamina, ajudando na ansiedade e fornecendo efeito antioxidante.
- Ovo e amendoim: Ricos em triptofano e vitaminas do complexo B (como B6, B12 e ácido fólico), que são cruciais para regular o sistema nervoso central e a produção de serotonina.
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A boa alimentação pode complementar tratamentos psiquiátricos, mas não substituem remédios em casos clínicos. Converse sempre com um profissional especialista sobre sintomas de saúde mental.