Em um marco na união entre arte e conservação ambiental, o artista britânico Jason deCaires Taylor instalou sua mais recente obra subaquática no Japão em 14 de outubro. 

A escultura, batizada de “Ocean Gaia“, está situada a cinco metros de profundidade nas águas da ilha de Tokunoshima, e é a primeira de seu tipo no país. 

Com 45 toneladas e 5,5 metros de largura, a peça não só exibe a imagem da modelo japonesa Kiko Mizuhara, mas também funciona como um habitat marinho, contribuindo para o repovoamento de peixes e corais.

Kiko Mizuhara (Foto: MICHELIN Guide)

Interligando arte e conservação

Jason deCaires Taylor é reconhecido por suas galerias submersas, já presentes em países como México e Bahamas.

Seu trabalho se destaca por combinar arte com ecologia, criando recifes artificiais que promovem a biodiversidade marinha. A “Ocean Gaia” se inspira nos círculos de areia desenhados pelo baiacu-de-pintas-brancas, uma espécie nativa da região.

Reconexão com o oceano

Tokunoshima, famosa por suas águas cristalinas e rica biodiversidade, foi escolhida para receber a “Ocean Gaia” devido à sua importância ambiental. 

A instalação visa encorajar a população local, especialmente os jovens, a se reconectarem com o oceano. Segundo Taylor, a perpetuação da vida na Terra depende dessa interação contínua com os recursos marinhos.

A arte como ferramenta de reflexão e ação

A abordagem de Taylor vai além da estética. Suas esculturas abordam preocupações ambientais, destacando problemas como a poluição dos oceanos e as mudanças climáticas. 

Cada peça atua como um chamado à ação, incentivando tanto a conservação quanto a conscientização ambiental.

Uma herança de conscientização

As obras de Jason deCaires Taylor promovem um legado sustentável, envolvendo ativamente as comunidades na conservação dos ecossistemas marinhos. 

Com projetos como o Museu Atlântico nas Ilhas Canárias, ele estimula a consciência global sobre a urgência dos esforços de conservação. 

A “Ocean Gaia” é mais um passo nessa jornada, demonstrando como as exposições subaquáticas podem redefinir a interação entre arte, ciência e natureza.