O artista Pedro Vaz é o vencedor do Prémio de Desenho Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) 2025, no montante de 20 mil euros, anunciou este sábado a organização da feira de arte contemporânea Drawing Room Lisboa.

Numa iniciativa da FLAD em parceria com a feira dedicada ao desenho, o prémio destina-se a “apoiar a produção e inovação artísticas” e dirige-se a “promissores artistas portugueses”, segundo a organização.

A 8.ª edição da feira Drawing Room Lisboa decorre até domingo na Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA) com 23 galerias de arte e mais de 65 artistas portugueses e estrangeiros representados.

O Prémio de Desenho FLAD foi atribuído por unanimidade pelo júri composto pelo artista João Onofre, o curador Miguel von Hafe Pérez, e a diretora da Drawing Room Lisboa Mónica Álvarez Careaga.

“A proposta [de Pedro Vaz] alia um rigor conceptual que é complementado por uma formalização plástica de inegável singularidade. Referindo a tragédia dos incêndios florestais contemporâneos, o artista imergiu no território de 9 a 25 de agosto deste ano, para mais tarde propor uma reflexão visual que se desdobra a partir da matriz do desenho até ao território da imagem em movimento e do documento”, descreve o júri num comunicado divulgado pela organização.

Na escolha do vencedor também pesou a “possibilidade de a arte se afirmar enquanto discurso socialmente relevante” no seu trabalho.

Ao Prémio FLAD de Desenho também concorriam os finalistas Ana Manso, Luísa Jacinto, Mariana Gomes e Tiago Baptista. O trabalho destes artistas está em exposição até domingo na Galeria Pintor Fernando Azevedo, na SNBA.

A organização também entregou este sábado o Prémio Imprensa Nacional, este ano atribuído a dois artistas presentes na Drawing Room Lisboa: José Loureiro, representado pela Galeria Fonseca Macedo e Cecília Costa, representada pela Belo Galsterer.

Nesta edição, a Imprensa Nacional-Casa da Moeda criou um novo Prémio Editorial — atribuído a Tiago Baptista, representado pela Galeria 3+1 Arte Contemporânea — que consiste na seleção de um artista português para criar uma monografia sobre a sua obra.

A monografia fará parte da Coleção Arte e Artistas, editada pela Imprensa Nacional e será apresentada na edição seguinte da Drawing Room Lisboa.

Estes artistas premiados vêm juntar-se a João Vasco Paiva, Sebastião Casanova e Balcony Gallery que receberam na sexta-feira os Prémios Fundação Millennium BCP: Prémio Projeto Artístico Destacado, Prémio Aquisição Fundação Millennium BCP — Talento Emergente e Prémio Projeto Curatorial Galeria, respetivamente.

De Lisboa, estão também presentes na feira as galerias Arte Periférica, Braçoperna44, Carlos Carvalho — Arte Contemporânea, Dialogue, Galeria 111, Galeria Filomena Soares, Galeria Miguel Nabinho, No.No Gallery, Salgadeiras Arte Contemporânea e This is Not a White Cube.

Do Porto apresentam-se a Galeria Nuno Centeno, a Galeria Pedro Oliveira, a Kubikgallery, a Lehmann e a Presença, enquanto dos Açores chega a Fonseca Macedo — Arte Contemporânea, uma presença regular no certame dedicado à vitalidade da disciplina do desenho.

A estes nomes portugueses, somam-se na Drawing Room Lisboa ainda galerias estrangeiras como a Galería Silvestre (Madrid), a Siboney (Santander) e a Trinta Arte Contemporánea (Santiago de Compostela).

Estreantes na feira encontram-se as galerias This is Not a White Cube, Dialogue e BraçoPerna 44, de Lisboa, e a Galería Bibli, de Santa Cruz de Tenerife, segundo a informação da organização.

Entre os artistas representados pelas diferentes galerias estão nomes da cena contemporânea portuguesa como Pedro Cabrita Reis, Pedro Calapez, José Pedro Croft, António Olaio, Manuel Caeiro, Ana Manso e Mariana Gomes, lado a lado com artistas de diversas geografias como Eric Fok (China), Pilar Mackenna (Chile), Vicente Blanco (Espanha), Klaas Vanhee (Bélgica) e Cássio Markowski (Brasil).