O F. C. Porto homenageou, este sábado, Alfredo Quintana, guarda-redes da equipa de andebol que faleceu em 2021, e Aurora Cunha, antiga atleta dos dragões que foi campeã mundial de estrada em 1985, com a inauguração de estátuas de ambos no museu do clube.

“É um prazer enorme estar aqui a prestar homenagem a dois grandes atletas do F. C. Porto. Não é só uma celebração de memória, mas com muito portismo à mistura. Estes dois atletas têm mais de 30 títulos conquistados com muito sangue, suor e lágrimas”, afirmou, na cerimónia, o presidente portista, André Villas-Boas.

“A Aurora Cunha era uma grande maratonista, uma grande corredora e grande vencedora em grandes palcos mundiais e o F. C. Porto está muito grato por tudo o que atingiu e por ter dignificado o nome do clube além-fronteiras com tudo o que conquistou”, acrescentou o dirigente máximo dos dragões.

“O Alfredo Quintana… hoje estão aqui a pequena Alicia e a Raquel, a representar o pai e o marido, um grande atleta do F. C. Porto. Temos também a sua equipa de andebol, os colegas que o sentiram de perto. Representou muito para o F. C. Porto, deu a vida em campo pelo clube. A Alicia certamente dançará melhor do que o pai, vimos ali nas imagens, mas deixou grandes memórias no F. C. Porto e é alguém muito acarinhado”, referiu Villas-Boas.

“Esta é uma justa homenagem que estende no tempo a vossa presença no F. C. Porto. No caso da Aurora, é uma homenagem bem merecida, e no caso do Quintana não há homenagens que possamos fazer para colmatar a ausência dele. Queremos sempre perpetuá-lo no F. C. Porto”, concluiu.

Presente na cerimónia, Aurora Cunha mostrou-se muito orgulhosa. “Quero agradecer ao presidente André Villas-Boas por me fazer esta homenagem em vida porque é sentida e é um orgulho muito grande para a minha família e amigos que estão cá hoje porque é merecida”, disse.

“É uma homenagem a uma atleta que esteve durante 20 anos ligada ao F. C. Porto, nunca abandonou o F. C. Porto por dinheiro de outros clubes. Fui fiel ao FC Porto e temos aqui “o rapazinho” de José Maria Pedroto, que em 1977/78 me pôs a alcunha de “o rapazinho de Ronfe”. Fico feliz, ele lá deve estar feliz e a família dele também deve estar feliz porque “o rapazinho” acabou por vir parar ao Museu FC Porto”, sublinhou. Aurora Cunha.

“Estou muito orgulhosa. O meu marido estaria muito orgulhoso se aqui estivesse entre nós porque também foi meu treinador. Obrigado ao professor Fonseca e Costa e ao Alfredo Barbosa, foram eles os responsáveis por estar a partilhar aqui este momento de grande felicidade”, reforçou.

Raquel Ferreira, a esposa de Alfredo Quintana, não escondeu a “gratidão” pelo momento. ” O presidente André Villas-Boas tem um coração enorme e tem permitido que a memória do Quintana se mantenha viva com estas homenagens, não só em datas específicas. Esta homenagem vai permitir que cada pessoa que visite o museu relembre o Quintana e conheça a sua história. Estou imensamente grata. Falo sempre com a Alicia como se o pai estivesse presente. Ela conhece todas as histórias do pai e vê todas as fotos e vídeos, porque eu quero mesmo que ela saiba o grande homem e atleta que o pai era”, afirmou.