Anutin Charnvirakul, primeiro-ministro da Tailândia, e Hun Manet, chefe do Governo do Camboja, assinaram neste domingo um acordo de paz, destinado a pôr fim às suas disputas fronteiriças.

O momento foi celebrado numa cerimónia em Kuala Lumpur, na Malásia, que contou com a presença destacada de Donald Trump, Presidente dos EUA, que se encontra naquele país para participar na 47.ª cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

O acordo oficializado entre os dois vizinhos do Sudeste Asiático acontece na sequência de um cessar-fogo que foi acertado em Julho, após mediação de Trump, pondo fim a três dias de conflito. O chefe de Estado norte-americano diz que esta é uma das “oito guerras” que ele solucionou.


“As oito guerras que a minha Administração acabou em oito meses… nunca houve nada assim, estamos com uma média de uma por mês. Não devo dizer que é um passatempo, porque é algo muito mais sério, mas [acabar com guerras] é algo em que sou bom e que adoro fazer”, afirmou Trump, salientando um “acordo histórico”.

Os confrontos entre a Tailândia e o Camboja junto à fronteira, cujo traçado ambos contestam, causaram mais de 40 mortos e centenas de milhares de deslocados.

“Esta declaração, se for plenamente aplicada, fornecerá os elementos de base para uma paz duradoura, mas, mais importante ainda, dará início ao processo de restabelecimento dos nossos laços”, disse, por sua vez, o primeiro-ministro cambojano.

“As nossas comunidades fronteiriças foram divididas pelo conflito e civis inocentes sofreram perdas imensas”, acrescentou.

A passagem de Trump pela Malásia também inclui uma reunião com Lula da Silva, Presidente do Brasil, e está integrada numa digressão asiática que o leva também ao Japão e à Coreia do Sul.

Será em território sul-coreano que se acredita que se vai reunir na próxima semana com Xi Jinping, Presidente da China, para discussões comerciais consideradas cruciais para a economia mundial.

Trump também se mostrou aberto a um encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, durante esta digressão. “Se quiserem passar a mensagem, estou aberto a isso”, afirmou no sábado.