Pedrodg 11 / Wikimedia

Pelo menos, é essa a garantia de Pedro Sánchez. Governo tem uma lista de símbolos da ditadura a retirar de todos os lados.

Estátuas, emblemas militares, nomes de ruas, praças e avenidas em homenagem a Francisco Franco – tudo vai ser retirado em Espanha.

Nesta quarta-feira, durante um debate no Parlamento, Pedro Sánchez anunciou que o Boletim Oficial del Estado (BOE) publicará, no máximo daqui a um mês, o catálogo de elementos e de símbolos franquistas.

Sánchez está assim a avançar com a Lei da Memória Democrática, que prevê que o Estado faça um catálogo de símbolos e elementos franquistas que devem ser retirados dos espaços públicos.

Em relação à retirada desses elementos, o primeiro-ministro disse que “a memória democrática pode ser plural, mas deve respeitar os princípios de tolerância e democracia que defende e que estão consagrados na Constituição espanhola”.

A ideia é que essas recordações “sejam retiradas de uma vez por todas do nosso país e das nossas ruas”, assegurou o primeiro-ministro de Espanha.

Entre diversas ruas e praças com o nome Franco, há um monumento conhecido e associado ao ditador: o Vale dos Caídos, em Madrid.

O assunto surgiu devido à intervenção da porta-voz parlamentar do EH Bildu, partido nacionalista basco. A deputada Mertxe Aizpurua denunciou que há “organizações fascistas, franquistas, extremistas ou mesmo nazis que agem com total impunidade” porque, alega, as suas acções não são punidas nem têm consequências.

Mertxe Aizpurua quis saber que medidas o Governo espanhol vai adoptar “para acabar com a exaltação do franquismo”.

E foi aí que o primeiro-ministro reagiu: “Acreditamos que é tempo de tomar medidas“.

No dia 20 de Novembro, Espanha vai assinalar o 50.º aniversário da morte do general Franco.

Sánchez lembrou que essa data será aproveitada para o início da Transição – com, por exemplo, a reforma da lei de associações com o objectivo de “fechar e desmantelar a Fundação Francisco Franco”, cita a rádio Cadena SER.


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