Um navio de guerra norte-americano lançador de mísseis chegou este domingo a Trinidad e Tobago, um arquipélago em frente à Venezuela, enquanto os Estados Unidos aumentam a pressão sobre o Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, segundo jornalistas da AFP.

De acordo com os jornalistas, o navio era visível na manhã deste domingo ao largo de Port of Spain, a capital deste pequeno arquipélago que fica a cerca de 10 quilómetros da Venezuela.

A chegada do USS Gravely e de uma unidade de fuzileiros navais, para exercícios com o exército trinitário, foi anunciada na quinta-feira pelo Governo deste pequeno país de 1,4 milhões de habitantes.

Esta visita ocorre no momento em que Washington enviou sete navios de guerra para as Caraíbas e um para o Golfo do México, oficialmente no âmbito de uma operação contra o narcotráfico, visando particularmente a Venezuela e o seu presidente Nicolas Maduro.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, também anunciou a chegada de um porta-aviões.

Desde o início de setembro, os Estados Unidos realizam ataques aéreos em águas caribenhas contra embarcações apresentadas como pertencentes a narcotraficantes.

Até agora, foram reivindicados 10 ataques, nos quais morreram pelo menos 43 pessoas, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números do Governo norte-americano.

Maduro, que refuta as acusações de tráfico de drogas, acusou na sexta-feira os Estados Unidos de “inventarem uma guerra eterna” e acusou os EUA de quererem derrubá-lo para se apoderarem das reservas de petróleo da Venezuela.

A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, é uma fervorosa apoiante de Donald Trump e, desde que assumiu o poder, em maio de 2025, adotou um discurso tóxico contra o Governo venezuelano, bem como contra a imigração e a criminalidade venezuelana em seu país.

Tem um minuto?
O Observador está a realizar junto dos seus leitores um curto estudo de apenas quatro perguntas. Responda aqui.