“Somos um Estado independente”, declarou o líder israelita numa reunião do Governo este domingo, acrescentando que Israel teria direito de veto sobre os membros da força internacional.
“Deixámos claro, no que diz respeito às forças internacionais, que Israel decidirá quais as forças que são inaceitáveis para nós“, acrescentou.
De acordo com o plano do presidente norte-americano, Donald Trump, uma força internacional de estabilização, composta principalmente por tropas de países árabes e muçulmanos, deverá ser destacada para Gaza à medida que o Exército israelita se retira.
Na sexta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que essa força “deve ser constituída por pessoas ou países com os quais Israel se sinta confortável”.
“A nossa política de segurança está nas nossas mãos”, sublinhou este domingo o primeiro-ministro israelita, que se opõe ao envio de tropas turcas para esta futura força.Equipa egípcia vai procurar corpos de reféns
A 17 de outubro, um responsável da Turquia anunciou que Israel recusou a entrada de uma equipa de socorristas turcos em Gaza. Essa equipa pretendia procurar corpos no território palestiniano.
Este fim de semana, porém, Israel permitiu a entrada de um comboio egípcio em Gaza para ajudar a encontrar os restos mortais dos reféns raptados pelo Hamas a 7 de outubro de 2023.
O comboio dirigiu-se para Al-Zawayda, no centro da Faixa de Gaza, e ficará instalado na sede do Comité Egípcio de Gaza, organização que trabalha em coordenação com o Crescente Vermelho Egípcio.Hamas não quer dar “pretexto” a Israel para atacar
No âmbito do acordo de cessar-fogo em Gaza, o Hamas entregou a 13 de outubro a Israel os 20 reféns vivos que ainda mantinha no enclave, em troca de cerca de 2.000 prisioneiros palestinianos.
No entanto, até à data, Israel apenas recuperou 15 dos 28 corpos de reféns que o Hamas se tinha comprometido a devolver na mesma altura. O grupo islamita argumenta que precisa de equipamentos e tempo para encontrar os restos mortais nos escombros.
“Não daremos à ocupação (israelita) um pretexto para retomar a guerra (…). Iremos aceder a novas zonas no domingo para procurar alguns dos corpos dos prisioneiros da ocupação”, declarou o principal negociador do Hamas, Khalil al-Hayya, no sábado à noite.
Este responsável queixou-se, no entanto, que Israel “continua a bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza” e que as violações do cessar-fogo “preocupam as pessoas e ameaçam a estabilidade do acordo”.
c/ agências